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    Família de Michael Jackson critica documentário sobre acusações de abuso sexual envolvendo o cantor

    Por sua vez, o diretor de Leaving Neverland não teve papas na língua para defender sua obra.

    Em 2019, o Festival de Sundance tem um polêmico filme como centro das atenções: Leaving Neverland, documentário de Dan Reed sobre duas supostas vítimas de abuso sexual cometido por Michael Jackson.

    Com quatro horas de duração, o longa acompanha os relatos de Wade Robson e James Safechuck, que conheceram o intitulado "príncipe do pop" durante a infância. Ambos afirmam terem sido abusados pelo cantor, quando tinham apenas 7 e 10 anos, respectivamente, contando as situações pelas quais passaram em gráficos detalhes. Num processo de 2010 também examinado pelo documentário, Robson negou tal crime, mas mudou sua declaração em 2016, falando que foi vítima de Jackson durante anos.

    Desde o anúncio da obra em sua programação, os organizadores do Festival de Sundance pediram reforço policial contra manifestantes, já que o projeto foi vítima de diversos protestos online. Após ser ovacionado durante sua exibição, o filme voltou a ser alvo de críticas pela família do cantor:

    "Estamos furiosos ao ver que a mídia, sem nenhum tipo de prova ou evidência física, escolhe acreditar em dois mentirosos no lugar de centenas de famílias que conviveram com Michael. [...] Os criadores desse filme não estão interessados na verdade. Eles não entrevistaram ninguém que conhecia Michael, além dos mentirosos e suas famílias. Isso não é jornalismo. Mas a verdade está do nosso lado. Pesquise sobre esses oportunistas. Os fatos não mentem, pessoas mentem. Michael Jackson é e sempre será 100% inocente."

    Em entrevista para o THR, Dan Reed não teve papas na língua para defender sua obra, fazendo diversas críticas aos parentes do cantor:

    "É um documentário de 4 horas, feito por um documentarista experiente, com longa carreira em investigação e sabe contar histórias complexas. Isso vai além do documentário. Eu não defini Jackson no filme. Essa é uma história sobre duas famílias e Jackson é um elemento dessa narrativa. Não é um filme sobre Michael. [...] O filme é um relato sobre abuso sexual, como ele acontece e as consequências que ele tem na vida das vítimas. [...] Eles têm um bem precioso para proteger. Cada vez que uma música toca, eles ganham dinheiro. Não me surpreende que eles venham em defesa do lucro."

    Após trabalhar com Reed em outros três projetos (inclusive Three Days of Terror: The Charlie Hebdo), a HBO norte-americana pretende exibir Leaving Neverland, em duas partes, em março deste ano. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil.

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