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    Lady Gaga: Como uma estrela do cinema nasceu em ambiciosos videoclipes

    Artista de verdade.

    Stefani Joanne Angelina Germanotta, a famosa Lady Gaga, está alcançando em 2018 o que sempre sonhou: o estrelato como atriz. Durante a promoção de Nasce uma Estrela, estreia da semana, ela revelou que seu sonho de criança era atuar, mas acabou decidindo pela música por não conseguir se dar bem nos testes de elenco - mas uma pontinha em Família Soprano chegou a acontecer.

    Ela cimentou um caminho notável musicalmente, atingindo um ponto em que sua fama foi capaz de gerar inúmeros convites para papéis dramáticos, dispensando audições? Sim. Mas olhando sua produção audiovisual, é possível afirmar que Gaga na verdade esteve protagonizando uma série de curtas nos últimos dez anos, montando um portfólio de muito respeito como atriz e "de quebra" promovendo seus hinos.

    O sucesso chegou com Just Dance e Poker Face, marcantes na construção da persona excêntrica, festeira, apegada numa coreografia, carregada na maquiagem e lotada de referências, e Eh, Eh (Nothing Else I Can Say), dirigido por Joseph Kahn, começou a apontar outro rumo retratando uma colônia italiana nos Estados Unidos, mas a virada de fato ocorreu com Paparazzi, de Jonas Åkerlund. Com sete minutos roteirizados e montados como um filme de fato, o clipe é coestrelado por Alexander Skarsgård, tem diálogos em sueco e introduz os dotes dramáticos de Gaga no papel de uma estrela vingativa.

    Em termos de experimentação visual o vídeo levou ao clássico absoluto da videografia da artista, a ficção científica Bad Romance, de Francis Lawrence (Jogos Vorazes - Em Chamas), enquanto a história foi retomada no icônico Telephone, que colocou o presídio feminino em evidência antes de Orange Is the New Black e uniu Gaga e Beyoncé numa pegada "Tarantino refilma Thelma & Louise". Tyrese Gibson está no elenco da obra assinada por Åkerlund, que supostamente teria uma continuação - muito aguardada pelos fãs até hoje...

    Do cinema alemão vem a inspiração para Alejandro; Born This Way tem um prólogo de respeito; e Judas é uma releitura da Paixão de Cristo que a retrata como Maria Madalena (sua primeira personagem real), com Rick GonzalezNorman Reedus como coestrelas e direção de Laurieann Gibson e da própria Gaga.

    Em 2011 ela levou seu talento para vídeos de outros artistas, aparecendo como uma organizadora de ménage à trois em 3-Way (The Golden Rule), da banda humorística The Lonely Island, liderada por Andy Samberg.

    Ainda neste período áureo ela realizou seu grande feito em termos de atuação, reunindo num mesmo vídeo os alteregos Yüyi, a sereia, e Jo Calderone, o homem. Quer teste mais impressionante do que esse, Hollywood? You and I, de Laurieann Gibson.

    Quando o céu parecia o limite, eis que surge a cinebiografia de 13 minutos Marry the Night, com direção da própria, pela primeira vez sozinha no cargo. É confiança que chama, né?

    A controversa fase ARTPOP a levou a voltar a flertar com o experimentalismo, mais próxima das artes visuais e da moda do que do cinema em Applause, dirigido pelo duo Inez van Lamsweerde

    Vinoodh Matadin.

    G.U.Y. – An Artpop Film, lançado em 2014, colocou um ponto e vírgula nas produções elaboradas da artista, mostrando mais créditos do que ação. A interrupção dos esforços como atriz só chegou ao fim ano passado com John Wayne, retomada da parceria com Jonas Åkerlund.

    Nesse interim, Gaga, que estreou no cinema em Machete Mata, ganhou experiência com Sin City: A Dama Fatal e invadiu as telinhas em American Horror Story, que lhe rendeu o Globo de Ouro em 2016. Do Oscar ela se aproximou em 2015, impressionando ao cantar Sound of Music; voltou no ano seguinte indicada ao prêmio de Canção Original por Til It Happens to You; e é dada como certa entre as candidatas à estatueta de Melhor Atriz em 2019. Merece? Nasce uma Estrela, estreia de Bradley Cooper como diretor, está em cartaz no Brasil.

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