Faleceu na madrugada desta segunda-feira, aos 94 anos, o astro da canção francesa Charles Aznavour. Nascido em maio de 1924, filho de imigrantes armênios, ele compôs centenas de canções, gravou centenas de álbuns em diversas línguas e vendeu centenas de milhões de discos ao longo da grande carreira.
Conhecido como "Frank Sinatra da França", Shanour Vaginagh Aznavourian estreou no teatro na infância e trabalhou como figurante em filmes antes de estourar como performer em clubes noturnos parisienses, chamando atenção de Edith Piaf, com quem fez turnês.
A carreira cinematográfica começou a deslanchar com Os Libertinos, consolidando-se em 1960 com o papel principal em Atirem no Pianista, de François Truffaut. Até a década de 1980 ele participou de inúmeros longas, com destaque para Vidas em Jogo, de Chabrol, O Último dos Dez, Fortaleza Proibida, Candy e o vencedor do Oscar O Tambor. Posteriormente continuou atuando, só que com frequência menor. No total atuou em cerca de 60 títulos.
Em 1997 ele recebeu um César honorário e no ano passado uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood. Seu maior sucesso, "She", ficou marcado na memória dos cinéfilos em regravação de Elvis Costello para Um Lugar Chamado Notting Hill.
Com diversas passagens pelo Brasil, o cantou havia acabado de voltar de uma série de shows no Japão. A causa da morte não foi divulgada.