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    Nicolas Winding Refn não vê diferença entre a tela do cinema e a tela do celular

    Além disso, a televisão está morta na visão do cineasta.

    Pode-se dizer que o cineasta Nicolas Winding Refn é um visionário. Depois de se lançar na criação de sua própria plataforma de streaming, a byNWR, o responsável pelos suspenses Drive e Demônio de Neon abriu o verbo para falar o que pensa sobre o rumo da sétima arte. Para ele, as telas de exibição dos cinemas e dos celulares smatphones cumprem a mesma função.

    Refn falou sobre o assunto quando questionado sobre a exclusão da Netflix da disputa pela Palma de Ouro 2018, principal prêmio do Festival de Cannes. A gigante do streaming só poderia concorrer se suas produções fossem exibidas nos cinemas franceses. Para o diretor, no entanto, a regra determinada pelos dirigentes do festival de barrar plataformas como a Netflix e a Amazon é ultrapassada e não condiz com o cenário atual do mercado audiovisual:

    "Essa discussão é tão anos 2000. [...] A única coisa a saber é que a tela do cinema e a do celular são coexistentes. Uma não é melhor do que a outra.”, disse ele.

    Isso porque, para o diretor, a internet ampliou as funcionalidades do celular smartphone, tornando o público mais ativo. Essa mudança estaria ocasionando um nova dimensão no modo de consumir produções audiovisuais e Refn faz questão de frisar o protagonismo do celular nesse novo momento:

    “[...] As pessoas sempre vão ao cinema, mas a indústria cinematográfica é financiada por certos filmes, cuja única finalidade é maximizar o lucro o mais rápido possível. Não há nada de errado nisso, mas o que mudou mais a história nos últimos 20 anos? Uma câmera de vídeo e um telefone. Uma das principais coisas da revolução digital é que compartilhar é uma nova definição de cultura. As pessoas precisam se expressar. Quanto mais você fizer isso, mais você se torna uma pessoa melhor", explicou.

    Se o cinema está se adaptando a essa mudança, onde as plataformas digitais estão em alta, a televisão, por outro lado, não seria capaz de acompanhar tais transformações. Refn é taxativo: "A televisão está morta e [...] não vai voltar".  Apesar do cenário, o cineasta segue com seu mais novo projeto para a Amazon, o drama criminal Too Old to Die Young. Estrelada por Miles TellerJena Malone, ainda não foi divulgado quando a série será lançada.

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