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    FIM 2018: Retratos íntimos e a batalha das Mães de Maio marcam 1º dia de festival

    Programação começou nesta quinta-feira (04 de julho) e se estende até o dia 11 em São Paulo.

    A fim de celebrar e promover a variedade do cinema feminino, o Festival Internacional de Mulheres no Cinema estreou sua 1ª edição em São Paulo e abriu a programação ontem, 05 de julho. Destacando filmes de temáticas fortes e relevantes, o festival conta com um leque diversificado de diretoras brasileiras e estrangeiras e possui a missão de reivindicar o espaço da mulher no audiovisual. A sigla FIM não é um mero acaso e quer mesmo chamar a atenção para o fim da sub-representatividade feminina.

    O documentário Um Casamento, da diretora Mônica Simões, é um dos 28 filmes selecionados e abriu a programação de quinta-feira. Ele faz parte da Mostra Especial "Lute como uma Mulher". Ao mesmo tempo em que exibe o retrato íntimo de uma grande família da Bahia, Um Casamento entrega a desconstrução deste mesmo retrato, ambientado em uma época extremamente tradicionalista e machista. Com o foco em Maria Moniz, musa tropicalista que mantém amizade com figuras como Caetano Veloso e Gilberto Gil, o resultado em tela é surpreendente. Confira a crítica completa aqui.

    Integrando a Mostra Competitiva Nacional, o documentário Desarquivando Alice Gonzaga relembra fragmentos da história do cinema brasileiro através da vida de Alice, filha do criador do primeiro estúdio de cinema no Brasil, a Cinédia. "Inquieta, falante e divertida, Alice Gonzaga contagia o longa-metragem com seu carisma e a proposta de proximidade da direção assemelha o doc a um privilegiado encontro íntimo do espectador com a arquivista." Confira a crítica completa de Taiani Mendes aqui.

    Esplendor, filme de Naomi Kawase que foi exibido no Festival de Cannes em 2017 e na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo no mesmo ano, também participou da grade do dia. "É um filme de fundo poético que explora, bastante, o que há por trás da luz e da imagem. Trata-se sobretudo de um roteiro bastante sensível, escrito pela própria diretora, onde através da compreensão e da aceitação busca-se ver com o coração o que não é possível obter através dos olhos." Confira a crítica completa de Francisco Russo aqui.

    Além da ecolha em apresentar filmes poéticos e históricos, um dos maiores objetivos do FIM claramente é promover a reflexão. O documentário Mataram Nossos Filhos, como o próprio título já indica, possui a temática mais pesada dentre todas as histórias apresentadas no dia: as consequências dos Crimes de Maio em 2006 e a injustiça perante as centenas de milhares de crimes que ocorrem desde então - especialmente com jovens de classe baixa no estado de São Paulo. Com um toque marcante de denúncia e tendo como foco os depoimentos das Mães de Maio (grupo criado após a tragédia de 2006), o filme possui uma linha narrativa simples, mas sem rodeios para entregar sua forte mensagem.

    Finalizando o primeiro dia de FIM, ocorreu a apresentação especial do clássico brasileiro Xica da Silva, estrelado por Zezé Motta. Com mais de 50 anos de carreira, a atriz é a grande homenageada desta 1ª edição de festival e, após a sessão, foi realizado um debate com a presença de fãs. O AdoroCinema entrevistou Zezé Motta e você poderá conferir o resultado em breve!

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