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    10 sequências que aconteceram sem os protagonistas dos filmes originais

    O show tem que continuar.

    Em geral, as sequências buscam expandir os mundos, conceitos e tramas apresentados em seus filmes de origem, ao mesmo tempo em que detalhes ou personagens inéditos são inseridos. Entretanto, também não é nada incomum quando continuações simplesmente partem do zero para dar prosseguimento à narrativa - mesmo que isso signifique se livrar do protagonista original: em Hollywood, ninguém é insubstituível e o show sempre tem que continuar.

    Assim, com Sicário: Dia do Soldado - que não conta com o retorno da estrela Emily Blunt ao lado dos novos protagonistas, Benicio del ToroJosh Brolin, que reprisam seus papéis -, em cartaz no Brasil, o AdoroCinema preparou uma lista com outras 10 sequências que dispensaram seus personagens principais para ganhar uma sobrevida:

    CÍRCULO DE FOGO: A REVOLTA

    Por vezes, a mudança de rumo de um primeiro filme para sua continuação não é uma questão estritamente narrativa. Em muitos casos, na verdade, sequências são completamente repaginadas por problemas logísticos - frequentemente provocados pelos estúdios. Por que o diretor Guillermo del Toro e o protagonista Charlie Hunnam não retornaram em Círculo de Fogo: A Revolta? Foi tudo uma questão de tempo. O bem-sucedido longa de kaijus e robôs do cineasta mexicano logo abriu espaço para uma segunda parte, mas a Universal demorou muito para dar sinal verde ao projeto. Assim, tanto del Toro - como realizador - quanto Hunnam não puderam prosseguir na franquia, o que obrigou a produtora a encontrar novos nomes para liderar Círculo de Fogo: A Revolta; assim, Steven S. DeKnight ganhou o posto de diretor e John Boyega o de protagonista - entretanto, a brusca mudança não foi nada boa para a saga.

    VELOZES & FURIOSOS - DESAFIO EM TÓQUIO

    A terceira parte de uma das maiores franquias da atualidade é certamente o momento mais esquisito de toda a saga Velozes & Furiosos. Malsucedida e precoce tentativa de reboot, Desafio em Tóquio sequer funcionou como filme autônomo e só apresentou bons resultados com sua eficiente trilha sonora. Para além disso, o longa de Justin Lin - que se redimiria cinco anos depois, reinventando a franquia de fato em Velozes & Furiosos 5 - é considerado um equívoco, especialmente por causa da ausência de Dominic Toretto (Vin Diesel). Apesar de fazer uma pequena participação no final, o astro, protagonista e rosto da franquia não assinou contrato para Desafio em Tóquio. A partir do fiasco, Diesel conseguiu renegociar sua participação na saga, tornou-se produtor e retornou com força total. O resto é história.

    XXX 2 - ESTADO DE EMERGÊNCIA

    Na metade dos anos 2000, Diesel não era exatamente o maior fã de sequências - sentimento que não reflete seu estado de espírito atualmente. Além de ter pulado Desafio em Tóquio, o ator também não quis dar continuidade à jornada do agente Triplo X em xXx 2 - Estado de Emergência. Neste caso, entretanto, a estrela de Hollywood encontrou problemas com o roteiro de Simon Kinberg (X-Men - A Fênix Negra) e desistiu do contrato que já havia assinado para exercitar suas habilidades cômicas em Operação Babá. Enquanto Diesel encontrou pouco sucesso com a comédia familiar, xXx 2 - Estado de Emergência foi ainda pior: a performance sofrível de Ice Cube, o roteiro absurdo e a baíxissma qualidade dos efeitos digitais enterraram a saga... que seria surpreendemente resgatada doze anos depois com Diesel de volta ao personagem original em xXx: Reativado. Um quarto filme já está em desenvolvimento.

    VELOCIDADE MÁXIMA 2

    Velocidade Máxima 2 é um dos casos mais clássicos de sequências equivocadas da história do cinema. Após estourar as bilheterias e conquistar o público com sua química impressionante, a dupla formada por Keanu ReevesSandra Bullock foi dissolvida na continuação de Velocidade Máxima (350 milhões arrecadados). Deslize completo de um ponto de vista financeiro e de crítica, a segunda parte da aventura substituiu Reeves - que não aceitou reprisar o papel de Jack Traven por causa do enfadonho roteiro oferecido - por Jason Patric e destruiu tudo que o primeiro longa havia construído com uma só tacada e algumas desculpas esfarrapadas. Se você quer rodar uma sequência de sucesso, Velocidade Máxima 2 é o anti-exemplo. Completo oposto de uma obra como O Poderoso Chefão II, o thriller demonstra tudo o que você deve fazer para atingir um sólido fracasso.

    TRANSFORMERS: A ERA DA EXTINÇÃO

    Logo após Transformers: O Lado Oculto da Lua, tanto Shia LaBeouf quanto Michael Bay declararam que não retornariam para o quarto longa da saga. No entanto, como hoje bem sabemos, o cineasta não é exatamente a pessoa mais eficiente em abandonar a direção da robótica franquia: ele não só voltou para comandar A Era da Extinção, como também realizou O Último Cavaleiro - ou seja, nunca contem com Bay longe da cadeira de direção de um filme de Transformers, de fato. LaBeouf, por sua vez, já estava mais do que farto dos blockbusters e das produções comerciais e, assim que deixou a saga, começou a investir em produções independentes, no cinema de arte e em suas polêmicas instalações artísticas. Mas como o show não pode parar, para o seu lugar foi trazido Mark Wahlberg, fiel escudeiro de Bay.

    O CAÇADOR E A RAINHA DO GELO

    Com a ascensão de Chris Hemsworth como astro de Hollywood e a migração de Kristen Stewart para a Europa e para o cinema de arte, os planos de uma sequência para Branca de Neve e o Caçador foram por água abaixo, sendo prontamente substituídos por um spin-off dedicado ao personagem de Hemsworth. Funcionando como uma espécie de prequelO Caçador e a Rainha do Gelo trouxe Charlize Theron de volta e ainda adicionou Jessica ChastainEmily Blunt ao elenco. Porém, a expansão, principalmente a nível da quantidade de talentos envolvidos, não foi o bastante para que O Caçador e a Rainha do Gelo repetisse o bom rendimento de Branca de Neve e o Caçador, que arrecadou quase US$ 400 milhões ao redor do mundo. No fim das contas, o derivado ainda deu prejuízos, não pagando seu custo de produção de US$ 165 milhões.

    HANNIBAL

    O Silêncio dos Inocentes é um dos maiores suspenses da história da sétima arte, tendo se tornado um dos três filmes a conquistar o improvável Big Five do Oscar em todos os tempos: ou seja, o thriller de Jonathan Demme venceu nas categorias Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Roteiro - no caso, Adaptado. Por isso, quando Hannibal, sequência direta de O Silêncio dos Inocentes foi anunciado, a expectativa logo foi nas alturas - o que também aumentou a queda do mistério que viria a ser dirigido pelo consagrado Ridley Scott. Sem Demme e Jodie Foster, o projeto acabou se transformando, na visão de muitos jornalistas especializados, em uma continuação desmotivada desenhada apenas para capitalizar sobre o sucesso de O Silêncio dos Inocentes. Assim, no fim das contas, nem mesmo Anthony HopkinsJulianne MooreGary Oldman conseguiram salvar Hannibal do fracasso.

    O MUNDO PERDIDO: JURASSIC PARK

    Assim como em Velocidade Máxima, um dos grandes trunfos de Jurassic Park era a química entre seus três protagonistas. Por isso, quando O Mundo Perdido descartou o personagem de Sam Neill, o Dr. Ian Malcolm de Jeff Goldblum perdeu algumas de suas melhores oportunidades para brilhar; afinal de contas, os dois funcionavam perfeitamente bem em conjunto. É evidente que toda e qualquer desculpa para ver Goldblum ser Goldblum em seus papéis divertidamente esquisitos é válida, mas também é fato que - ao menos no caso do Dr. Ian Malcolm - nem sempre se pode salvar o dia sozinho. E mais uma vez, Julianne Moore, substituindo Laura Dern, não conseguiu elevar esta sequência o suficiente para que se aproximasse da já clássica aventura original de Steven Spielberg.

    O LEGADO BOURNE

    Frequentemente, as ligações entre cineastas e atores são fortes o suficiente para fazer com que um ou outro não aceitem retornar caso a dupla seja desfeita. Este foi o caso de Matt Damon, que não aceitou realizar um quarto filme de Jason Bourne porque o diretor Paul Greengrass deixaria a franquia - os dois, eventualmente, voltaram à trama do agente desmemoriado em 2016, com o morno Jason Bourne. Assim, para não perder o ímpeto e dar sequência ao potencial narrativo da saga, a Universal decidiu realizar uma espécie de spin-off/continuação com Jeremy Renner no papel principal. O Gavião Arqueiro do Universo Cinematográfico Marvel, no entanto, sofreu com as comparações com Damon e com um roteiro mediano e O Legado Bourne acabou naufragando, adiando indefinidamente o momento de Renner como líder de sua própria franquia de blockbusters.

    COM 007 VIVA E DEIXE MORRER

    Colocar qualquer filme de 007 nesta lista pode ser considerado uma espécie de desvio à regra porque o agente James Bond ficou conhecido justamente por ser interpretado por diversos atores durante a história; além do mais, o espião com licença para matar sempre foi o mesmo em termos narrativos. Mas a validade da entrada de Com 007 Viva e Deixe Morrer nesta compilação é o fato de que esta é a sequência direta de 007 A Serviço Secreto de Sua Majestade, o único de toda a franquia a ser protagonizado por George Lazenby. Enquanto a maioria dos atores, de Sean Connery a Daniel Craig, teve pelo menos duas chances para lapidar suas versões para Bond, Lazenby teve apenas uma, sendo prontamente substituído por Roger Moore - que vestiria o terno de 007 até 1985.

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