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    YouTube é suspenso no Egito por conta de controverso curta anti-islâmico

    Inocência dos Muçulmanos foi lançado em 2012 e faz piada com o Profeta Maomé. Protestos contra o curta causaram mais de 50 mortes.

    O YouTube foi será bloqueado por um mês no Egito seis anos depois do controverso lançamento de Inocência dos Muçulmanos, curta-metragem de propaganda anti-islâmica que foi divulgado na plataforma de compartilhamento de vídeos.

    A principal corte do país da África setentrional determinou que a empresa que pertence ao Google seja punida por ter permitido que o vídeo que ridiculariza o Profeta Maomé fosse publicado. De acordo com o site Deadline, o processo judicial corre desde 2013 e não cabe recurso sobre a decisão da justiça egípcia. A decisão foi tomada durante o Ramadã, mês sagrado para mais de 1 bilhão de pessoas que professam a fé islâmica. Ainda segundo a publicação, o site ainda não foi retirado do ar, o que deve acontecer nos próximos dias.

    Publicado no YouTube em 2012, Inocência dos Muçulmanos atraiu a ira do mundo islâmico quando trechos do vídeo foram exibidos em tom de denúncia na televisão egípcia em setembro daquele ano. O material associa o Profeta Maomé, maior profeta do islamismo, a pedofilia, assassinato e diversas crueldades. Por conta do conteúdo do vídeo, protestos se espalharam em países do Oriente Médio e do Norte da África, além de outros países do Ocidente. Muitos piquetes foram realizados na frente de embaixadas dos Estados Unidos. Ao todo, mais de 50 mortes estão relacionadas às manifestações.

    O material foi dirigido por Nakoula Basseley Nakoula, um cristão copta egípcio que vive nos Estados Unidos. Nakoula, que teve diversos problemas com a lei antes do polêmico vídeo, usou um nome falso para roteirizar e produzir o filme, o que foi considerado uma violação de sua prisão condicional e o levou de volta à cadeia por um ano. Os atores que participaram do filme se disseram enganados por Nakoula, que teria redublado as cenas e alterado o projeto apresentado inicialmente ao elenco. O produtor também mentia dizendo que judeus tinham financiado a obra e alegava que ele mesmo seria um judeu israelense, o que as investigações logo mostraram ser outra mentira.

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