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    Festival de Cannes 2018 terá protesto organizado por mulheres negras

    "Negra não é a minha profissão".

    A cerimônia de abertura do 71º Festival de Cannes ainda nem aconteceu, mas diversos protestos estão confirmados para o tapete vermelho nos próximos dias.

    Um deles, em particular, tem despertado grande atenção: o protesto de atrizes francesas negras, que acabam de escrever um livro, Noire n'est pas mon métier ("Negra não é a minha profissão", em tradução livre), sobre o preconceito sofrido na indústria local. Além de receberem menos propostas de emprego, elas afirmam que os papéis são restritos a determinadas funções - enfermeira ou faxineira, por exemplo - enquanto mulheres brancas são contratadas para qualquer personagem.

    A coletânea de depoimentos denuncia diversas formas de racismo cotidiano. A atriz Nadège Beausson-Diagne (foto acima), por exemplo, rechaça frases recorrentes como "Felizmente você tem traços finos", "Você fala africano?", ou "Você não é clara o suficiente para interpretar uma mestiça". "Nossa presença nos filmes franceses se deve frequentemente à necessidade inevitável ou anedótica de ter um personagem negro", sublinha Aïssa Maïga, outra autora da obra coletiva.

    As dezesseis signatárias do livro-manifesto estarão no tapete vermelho de Cannes para chamar atenção à causa igualitária.

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