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    Guia do Festival de Cannes 2018

    Os filmes que disputam a Palma de Ouro, os representantes brasileiros e os destaques das mostras paralelas.

    Além da competição oficial, existem três grandes mostras paralelas: Um Certo Olhar, Quinzena dos Realizadores e Semana da Crítica. Descubra os principais destaques em cada uma:

    Um Certo Olhar

    Donbass, de Sergei Loznitsa (Alemanha / França / Ucrânia / Holanda / Romênia)

    O diretor habituado a Cannes, tanto por suas ficções quanto pelos documentários, agora apresenta um projeto ambicioso, destinado a refletir sobre a maneira como a História é contada à população de um país. Misturando atores profissionais e amadores, Loznitsa pretende estudar como atos de violência são vendidos como proteção, e como iniciativas de guerra são apresentadas como necessárias para a paz.

    Angel Face, de Vanessa Filho (França)

    Marion Cotillard é a grande estrela deste drama, o primeiro dirigido por Vanessa Filho. Na história, ela interpreta uma mulher que leva uma vida de excessos, sem se preocupar com a filha pequena. Um dia, depois de encontrar um homem interessante numa festa, ela deixa a garotinha sozinha. Mas a própria filha está disposta a colocar a mãe de volta nos eixos.

    Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, de João Salaviza e Renée Nader (Portugal / Brasil)

    O único representante brasileiro da mostra Um Certo Olhar é este documentário de baixíssimo orçamento, filmado por apenas duas pessoas que viveram durante muito tempo na aldeia Krahô, em Pedra Branca, no Brasil. Eles acompanham uma cerimônia funerária realizada por um jovem índio quando recebe a visita do espírito de seu pai.

    Quinzena dos Realizadores

    Los Silencios, de Beatriz Seigner (Brasil / Colômbia / França)

    Este drama não é apenas produzido por três países, ele também se passa na fronteira de três nações: Brasil, Colômbia e Peru. No centro da trama está Amparo (Marleyda Soto), mãe que cuida sozinha dos filhos pequenos. Quando tenta fugir da violência em sua cidade colombiana, acaba se refugiando num vilarejo da fronteira. Lá, ela se depara com o pai das crianças (Enrique Diaz), que acreditava estar morto.

    Climax, de Gaspar Noé (França)

    O sempre controverso diretor, conhecido pelas experiências de sexo explícito (Love) e violência extrema (Irreversível), está preparando um filme misterioso, que ainda não divulgou nenhuma foto oficial, nem o elenco completo. A história gira em torno de um grupo de bailarinos chamado para um ensaio no meio de uma floresta. Durante uma festa, eles bebem sangria e descobrem que foram drogados. As alucinações trazem sentimentos que nunca sentiram antes.

    Leave No Trace, de Debra Granik (Estados Unidos)

    Aclamada por Inverno da Alma, a cineasta apresenta uma nova história sobre vidas miseráveis nos Estados Unidos. Desta vez, ela se concentra na jornada de um pai (Ben Foster) que vive fugindo da polícia pelas florestas de Oregon com a filha de 13 anos. Quando são descobertos, a garota é enviada para os serviços sociais, mas o pai vai fazer de tudo para que a família reconquiste a vida selvagem de antes.

    Amin, de Philippe Faucon (França)

    O filme do mesmo diretor de Fátima pretende trazer um olhar delicado sobre a imigração na Europa, através da história de Amin (Moustapha Mbengue), que deixa a esposa e os filhos no Senegal para tentar a vida na França. Ele consegue pequenos trabalhos e leva uma vida solitária, enquanto envia quase todo o dinheiro à família. Um dia, encontra uma mulher francesa, Gabrielle (Emmanuelle Devos), por quem se apaixona.

    Semana da Crítica

    Diamantino, de Gabriel AbrantesDaniel Schmidt (França / Portugal / Brasil)

    Esta coprodução brasileira parte da história de um jogador de futebol talentoso, prestes a jogar a partida mais importante de sua vida. No entanto, no dia do jogo, nada funciona. Ele é ridicularizado e tem sua carreira interrompida. A partir deste momento, o filme promete uma jornada delirante para Diamantino, envolvido em confrontos neofascistas, tráfico genético e problemas com a imigração.

    Sauvage, de Camille Vidal-Naquet (França)

    Mais um candidato ao Camera d'Or (prêmio entregue ao melhor filme de estreia de um diretor ou diretora), este drama acompanha a trajetória de um garoto de programa solitário, de 22 anos de idade, que se prostitui com qualquer homem em troca de algum dinheiro. Mas por trás da vida precária, ele sonha em encontrar um grande amor.

    Chris the Swiss, de Anja Kofmel (Suíça / Croácia / Alemanha / Finlândia)

    Este raro documentário em animação parte de uma premissa histórica: durante a guerra da Iugoslávia, o jornalista suíço Chris foi assassinato, e curiosamente encontrado vestindo o uniforme de militares estrangeiros. A diretora Anja Kofmel é a prima mais nova de Chris, que decide investigar as circunstâncias exatas da morte dele.

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