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    Marvel 10 anos: As melhores cenas dos filmes do estúdio

    As 15 sequências que se destacam pela ação, pelo humor, pela emoção causada no público ou tudo junto.

    "Hulk smash!"

    Christopher Nolan investiu no tom sombrio para criar a bem-sucedida Trilogia do Cavaleiro das Trevas. E viria a negar veemente qualquer tentativa de se imprimir humor nos outros filmes da DC que produziu, como Homem de Aço e Batman vs Superman - A Origem da Justiça. Essa recusa frontal (a que teve de ceder em Liga da Justiça) muito se deve ao fato de Joss Whedon ter cristalizado de vez a ideia de que os filmes da Marvel seriam dinâmicos, coloridos, com bastante ação e, por que não?, muito humor. Numa das cenas de maior radicalização dessa proposta, em Os Vingadores - The Avengers, o cineasta retrata um Loki (Tom Hiddleston) enlouquecido pela própria arrogância sendo interrompido pela fúria do Hulk (Mark Ruffalo), que esmaga o Deus da Trapaça como se ele fosse o coelhinho Sansão, da Turma da Mônica. Inesperado, engraçado e vice-versa; difícil não rir dessa cena.

    "Com vocês, Baby Groot"

    Vamo combinar? Guardiões da Galáxia é uma covardia nessa lista. James Gunn é um comediante nato, capaz de criar diálogos hilários, situações nonsense, e estimular que seu elenco faça o mesmo em prol do humor na franquia dos heróis renegados do espaço. Então, foi árdua a missão de selecionar apenas uma cena de Guardiões. E a opção foi por uma sequência que reúne um de seus melhores personagens, reencarnado após uma morte emocionante e que retorna brilhando na abertura de Guardiões da Galáxia Vol. 2. A cena escolhida reside entre esses dois momentos, e ainda salienta outro mérito da série: de explorar maravilhosamente clássicos da música. Enfim: "Com vocês, Baby Groot!". Ao som da maravilhosa "I Want You Back", do Jackson 5.

    A trapaça do Doutor Estranho

    Dois anos depois, Doutor Estranho já divide opiniões. Nem mesmo a promessa (ou a perspectiva) de deslumbrar visualmente o espectador com o universo místico da Marvel foi de todo atendida, com sua cena mais estonteante sendo um simulacro do que ocorrera anos antes em A Origem, (ironicamente) de Christopher Nolan. Porém, no fim do filme, o diretor Scott Derrickson e sua equipe de roteiristas vão muito bem, sublinhando a persistência e até a chatice de Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) para derrotar Dormammu: um inimigo onipotente encarcerado em seu próprio reino, a terrível Dimensão Negra, graças ao poder do Olho de Agamotto. Uma saída inteligentíssima para um final improvável, que — essa, sim — exala originalidade. E é de um humor fino.

    A revolução do Homem de Pedra

    Taika Waititi é outro dos raros diretores da Marvel capazes de imprimir sua marca nos filmes do estúdio. Em Thor: Ragnarok, ele transforma o sisudo Deus do Trovão (Chris Hemsworth) em um personagem muito cômico e alavanca sua popularidade. Porém, a cena mais engraçada do longa-metragem é ele próprio, o diretor, quem estrela. O cineasta neozelandês interpreta Korg, um gladiador com anseios de revolução apesar dos movimentos, do tom de voz e da personalidade muuuito vagarosos. E de seus planos patéticos. Korg é sensacional!

    A identidade secreta do Mandarim

    Homem de Ferro 3 é um desastre! Claramente, o diretor Shane Black (dos ótimos Beijos e Tiros e Dois Caras Legais) não teve a liberdade devida para fazer o que Taika Waititi faria em Thor Ragnarok. Ainda assim, ele fez algo até hoje único no Universo Marvel: Mandarim, o temível antagonista interpretado por ninguém menos que Sir Ben Kingsley, é uma fraude. Na verdade, uma crítica ousada: o terrorista é um ator a serviço de um governo voraz, que planeja promover uma guerra ao terror para atender aos interesses da elite norte-americana. Além desse corajoso ataque ao Presidente George W. Bush, a cena é ótima, encenando esse antagonista (aparentemente) cruel de maneira constrangedora, patética. Infelizmente, porém, esse lapso de brilhante ousadia não ecoa pelo resto do longa-metragem, que é nada coeso, é todo confuso, e por fim revela um vilão involuntariamente ridículo vivido por Guy Pearce.

     

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