Minha conta
    Vice-presidente da Lionsgate prevê lançamento de streaming para exibir filmes logo após suas estreias nas telonas

    A plataforma pode mudar por completo as regras do jogo.

    O consumo direto de cinema nas salas das grandes cadeias exibidoras vem caindo nos últimos anos. A bilheteria global, mesmo que impulsionada pelos lançamentos de astronômicos blockbusters, também não tem se sustentado. Às vésperas da década de 2020, a tradição do cinema enfrenta um período de crise, provocado, dentre entre outras coisas, pela ascensão dos serviços de streaming, como a Netflix e o Amazon Prime, que oferecem uma variedade infinita de conteúdos para os assinantes a um preço fixo e no conforto do lar. E para Michael Burns, vice-presidente da Lionsgate, empresa responsável por recentes sucessos como John Wick 2 e Extraordinário, a situação das companhias exibidoras pode ficar ainda mais complicada com o possível lançamento de um streaming exclusivo para estreias de filmes (via Variety).

    De acordo com o executivo de Hollywood, tal cenário pode se concretizar dentro dos próximos 12 ou 18 meses. Em sua visão, o processo, caso proceda, deve ser realizado de maneira amigável entre todos os polos da indústria cinematográfica e que o resultado só será satisfatório se tanto as distribuidoras quanto as exibidoras trabalharem em conjunto. Se tal serviço realmente vier a se tornar uma realidade, sua atuação no mercado mudaria por completo as regras dos jogo: atualmente, os filmes lançados em circuito comercial são exibidos com exclusividade pelas redes de cinema durante 90 dias. No entanto, o panorama presente não agrada aos executivos das distribuidoras.

    Para os que lucram diretamente com a comercialização de obras cinematográficas, é melhor diversificar a oferta do que "ficar preso" a um só modelo de negócios. Com o lançamento de um streaming para filmes estreantes, a janela de exclusividade das redes de cinema seria apagada em favor de uma maior flexibilidade de exploração do produto em questão. De acordo com os distribuidores, os longas obtêm a maior parte de suas arrecadações durante os primeiros dias de exibição nas telonas - um montante que seria potencializado caso fosse possível combinar o formato de distribuição tradicional com a estratégia do VOD (video-on-demand).

    Contudo, Burns não elaborou a questão mais profundamente, seja em termos de negócios ou termos financeiros. No momento, portanto, pouco se sabe sobre o acordo ao qual o executivo se referiu em sua declaração - se é que o mesmo realmente existe com tanta concretude, uma vez que as negociações entre exibidores e distribuidores quanto à construção de um "Netflix de lançamentos" cessaram quase que por completo nos últimos meses. E você, o que acha desta iniciativa? Gostaria de ver os grandes lançamentos em casa logo após suas estreias nas telonas ou acredita que um streaming do tipo prejudicaria a experiência cinematográfica, colocando a mesma em risco total de extinção?

    facebook Tweet
    Comentários
    Back to Top