Minha conta
    Guia do Festival de Berlim 2018

    Notícias, críticas, entrevistas e informações sobre os principais filmes selecionados.

    Somando longas-metragens e curtas-metragens, o cinema brasileiro tem 12 representantes na 68º Berlinale - o mesmo número de 2017. A maioria das produções são documentários políticos e sociais:

    Las Herederas (Competição oficial)

    Como o AdoroCinema descreveu na página anterior, o único representante brasileiro na disputa pelo Urso de Ouro é esta coprodução com o Paraguai, Uruguai, Noruega, Alemanha e França. A história gira em torno de um casal de mulheres idosas e afortunadas, enfrentando pela primeira vez a crise financeira e a prisão de uma delas.

    O Processo (Mostra Panorama)

    O impeachment de Dilma Rousseff é retratado pela documentarista Maria Augusta Ramos na Mostra Panorama, a segunda mais prestigiosa da Berlinale após a competição oficial. A cineasta permaneceu meses nos bastidores do Congresso e do Palácio do Planalto. O resultado são imagens inéditas que permitem refletir sobre a corrupção e a crise política no Brasil.

    Bixa Travesty (Mostra Panorama)

    Os questionamentos da MC Linn da Quebrada são o tema deste documentário dirigido por Kiko Goiffman e Cláudia Priscilla. Os diretores retratam a condição de vida de uma artista negra e transexual nas periferias brasileiras, combinando imagens de arquivo, cenas de apresentação da personagem e momentos de interação com os amigos.

    Tinta Bruta (Mostra Panorama)

    A dupla Márcio ReolonFilipe Matzembacher (Beira-Mar) retorna à Berlinale com este drama sobre sexualidade, afeto e solidão nos tempos contemporâneos. A história gira em torno de Pedro, acostumado às performances eróticas via webcam, com o corpo coberto de tinta neon. Quando descobre outra pessoa imitando suas apresentações na Internet, ele decide confrontá-la.

    Aeroporto Central (Mostra Panorama)

    No aeroporto abandonado Tempelhof, em Berlim, o diretor Karim Aïnouz passou um ano acompanhando a vida do sírio Ibrahim e do iraquiano Qutaiba, dois refugiados acolhidos neste imenso galpão. O documentário busca retratar a vida dos refugiados em geral, incluindo as dificuldades de comunicação, de inserção cultural e de legitimidade política.

    Ex-Pajé (Mostra Panorama)

    Luiz Bolognesi, co-roteirista de Como Nossos Pais, dirige este documentário sobre as transformações sociais e religiosas no Brasil. A figura central é o índio Perpera Suruí, antigo pajé de uma comunidade baseada na Amazônia, até conhecer o cristianismo e se converter em pastor evangélico. Mesmo assim, ele afirma ainda ter visões da natureza.

    Unicórnio (Mostra Geração)

    Depois de passar pelo festival do Rio, o drama dirigido por Eduardo Nunes será exigido na Mosta Geração, voltada especialmente às histórias de crianças e adolescentes. No caso, a trama apresenta Maria (Bárbara Luz), de 13 anos de idade, aprendendo o funcionamento da vida adulta quando o pai abandona a família. Patrícia PillarZé Carlos MachadoLee Taylor completam o elenco.

    Eu Sou o Rio (Mostra Forum Expanded)

    Selecionado para a mostra Fórum, voltada ao cinema experimental, este documentário de Gabraz SannaAnne Santos se concentra na figura do artista pluridisciplinar Tantão. Desde os anos 1980, ele é uma figura importante da cultura alternativa carioca, compondo canções politizadas, fazendo pinturas e performances.

    La Cama (Mostra Forum)

    A coprodução entre Brasil, Argentina, Alemanha e Holanda explora a dura e silenciosa ruptura de um casal em idade avançada, nus numa cama, percebendo que não compartilham nenhum sentimento um com o outro. Aos poucos, a câmera da cineasta Mónica Lairana percorre outros cômodos da casa e descobre indícios de um relacionamento que já foi feliz, muito tempo atrás.

    Alma Bandida (Berlinale Shorts)

    O curta-metragem de Marco Antônio Pereira aborda uma história de amor na periferia, quando um jovem rapaz decide fazer uma proposta de casamento à sua amada.

    Russa (Berlinale Shorts)

    O curta-metragem coproduzido com Portugal expõe a crise da especulação imobiliária e a pauperização das cidades, além do descaso do governo. Dirigido por João Salaviza e Ricardo Alves Jr.

    Terremoto Santo (Berlinale Shorts)

    Com direção de Barbara Wagner e Benjamin de Burca, o curta-metragem retrata a jovem comunidade evangélica rural brasileira, destacando apresentações musicais de artistas gospel.

    facebook Tweet
    Comentários
    Back to Top