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    Uma Thurman denuncia assédio de Harvey Weinstein e revela que Tarantino quase causou sua morte em Kill Bill

    Relato foi divulgado no New York Times.

    Uma Thurman finalmente relatou o assédio que sofreu por parte de Harvey Weinstein, três meses após dar uma entrevista num tapete vermelho em que falava: "Então, estou esperando para ficar com menos raiva. E, quando eu estiver pronta, direi o que tenho a dizer."

    Em entrevista ao jornal New York Times publicada neste sábado, 3 de fevereiro, a atriz apontou o que aconteceu entre ela e Harvey, produtor de vários filmes de sua carreira. Ela citou duas situações envolvendo Weinstein, ambas em 1994, após o lançamento de Pulp Fiction - Tempo de Violência

    O primeiro caso aconteceu em um hotel em Paris, quando os dois discutiam novos roteiros no quarto do produtor, quando ele ficou apenas de roupão e começou a insistir para que fossem para a sauna. Após várias recusas por parte da atriz, Harvey teria ficado frustrado e deixado o espaço reclamando.

    Pouco depois, em Londres, o produtor voltou a chamá-la para uma reunião em seu hotel. Na ocasião, ela levou uma amiga e tentou remarcar a conversa para o bar do hotel, mas Harvey e seu assistente convenceram-a a aceitar a reunião no quarto. "Ele me empurrou, tentou me agarrar, tentou se expor. Fez tudo de mais desagradável, mas não chegou a me estuprar. Você fica como um animal se desvencilhando, como um lagarto. Fiz de tudo para colocar o trem de volta aos trilhos. Os meus trilhos. Não os dele", revelou.

    Thurman revelou que a relação com Weinstein nunca foi a mesma após isso, que apenas convivia com o produtor. Ela apontou ainda que falou sobre o assédio a Quentin Tarantino, que a dirigiu em vários filmes produzido por Harvey. Inicialmente, o diretor teria visto a situação apenas como "Harvey tentando pegar uma atriz que era boa demais pra ele", mas ao perceber a gravidade teria cobrado o produtor sobre o caso, o que gerou um pedido de desculpas por parte de Weinstein, em 2001, no Festival de Cannes.

    Também ao NY Times, Harvey admitiu os encontros com Thurman, mas negou qualquer tipo de assédio físico. Ele também enviou ao jornal inúmeras fotos em que aparecia ao lado da atriz ao longo dos anos.

    Ainda sobre Tarantino, Uma revelou um caso muito grave acontecido durante as filmagens de Kill Bill. Segundo a atriz, o diretor queria que ela mesma gravasse a cena em que sua personagem aparece dirigindo um carro em alta velocidade. Thurman revelou que preferia que a cena fosse gravada por uma dublê, pois não se sentia segura no veículo, que havia passado por reformas. Quentin teria ficado revoltado com a recusa da atriz e insistiu até que ela aceitasse rodar a cena.

    A gravação da cena acabou com um grave acidente, que deixou a atriz com uma concussão e com os joelhos prejudicados (até hoje). Após a batida, Uma tentou de toda forma conseguir imagens do acidente, mas a produtora Miramax teria negado, a não ser que assinasse um termo abrindo mão de seus direitos, o que não fez. 15 após o caso, ela finalmente conseguir o vídeo do acidente (assista abaixo), que foi lhe passado por Tarantino. 

    O caso gerou uma briga que durou anos entre a atriz e o diretor. Revoltada com o fato de não poder ver o carro ou o vídeo do acidente, Uma chegou a acusar Tarantino de tentar matá-la, o que o deixou muito chateado. Então marido da atriz, Ethan Hawke também confrontou o cineasta sobre o caso. "Eu fui falar muito seriamente com Quentin sobre como ele a deixou na mão, tanto como seu diretor, como seu amigo", disse o ator. Segundo ele, Tarantino teria pedido perdão pelo caso.

     

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