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    Retrospectiva 2017: Relembre os principais acontecimentos no mundo do cinema e das séries

    Os maiores escândalos, fracassos, polêmicas, sucessos e tendências desse ano.

    O novo Transformers

    Michael Bay fez suspense, fez doce, até que enfim anunciou seu retorno à franquia de robôs gigantes — com uma promessa: uma despedida em grande estilo. Mas não foi bem assim. Embora marcada por críticas negativas de veículos especializados, a cinessérie nunca ido tão mal junto ao público antes de Transformers: O Último Cavaleiro. No Rotten Tomatoes, 45% de aprovação pelos espectadores, 16% entre os críticos, a menor média em ambos os casos. Nas bilheterias, ocupa a lanterna com US$ 605 milhões mundialmente, US$ 104 milhões a menos que o primeiro Transformers sem o ajuste da inflação. Fiasco total, do tamanho da declaração do produtor Gong Geer à Variety sobre a queda de popularidade dos blockbusters holywoodianos na China em 2017: "O público respeita filmes de qualidade". 

    Universo Sombrio

    Outro fracasso nos Estados Unidos e no resto do mundo foi o filme A Múmia. Para além de um prejuízo total na casa dos US$ 95 milhões para a Universal, o desempenho pífio do longa estrelado por Tom Cruise (junto à crítica inclusive) pode enterrar os planos do estúdio em realizar uma nova era de monstros. Isso porque os produtores responsáveis por supervisionar o Universo Sombrio, Alex Kurtzman e Chris Morgan, entregaram o cargo para focar em outros projetos (mais promissores?). Planejado como o segundo filme da franquia, A Noiva de Frankenstein insiste em Angelina Jolie, mas não consegue nem aprontar um roteiro, escrito por Bill Condon (A Bela e a Fera). Ainda vale citar o fato de Drácula - A História Nunca Contada ter sido descartado desse universo após ser, inicialmente, considerado como parte dele. Em meio a tamanha indefinição, o fato curioso ganha ares de mau presságio.

    A volta dos Trapalhões

    Os Trapalhões nunca mais foram os mesmos depois que Mussum e Zacarias morreram e Didi e Dedé se separaram. Ainda assim, Renato Aragão seguiu dominando as salas brasileiras durante as férias escolares por muito anos. Segundo o Ancine, filmes como Simão, o Fantasma Trapalhão (1998) e Didi, o Cupido Trapalhão (2003) fizeram mais de 1,6 milhão de espectadores. Seu último filme desde então, O Guerreiro Didi e a Ninja Lili (2008) já havia performado bem aquém disso, atraindo 647 mil pessoas aos cinemas. Pois, diante do exercício de nostalgia de seu maior sucesso, estes números já soam bons: Os Saltimbancos Trapalhões - Rumo a Hollywood, com pouco mais de 82 mil ingressos vendidos, marca o triste epílogo de um passado brilhante. 

    LEGO Filmes

    Franquias recentes também sofrem fortes quedas. Se a tendência do mercado de cinema é crescer quando um projeto vai bem, a expectativa era LEGO Batman: O Filme fosse melhor que Uma Aventura LEGO. Ainda mais em se tratando de um spin-off baseado no melhor personagem de seu antecessor, e especialmente em se tratando de uma subversão hilariante do Homem-Morcego — tão querido na cultura pop. Nada feito! LEGO Batman faturou 33% a menos: US$ 312 milhões, contra US$ 469 milhões do filme anterior. Mas ninguém estava preparado para a bilheteria de LEGO Ninjago: O Filme: US$ 123 milhões, desempenho que não deverá cobrir seus custos de produção (US$ 70 milhões) e marketing.

    As sequências tardias

    2017 veio mostrar, mais uma vez, que nem todo filme eternizado na memória e no afeto do público deve ganhar reboot ou continuação. Trainspotting - Sem Limites surgiu do nada, nos idos de 1996, e faturou US$ 16 milhões em sua passagem pelos cinemas dos EUA — um desempenho modesto, porém digno de um filme para maiores independente que logo se tornaria uma obra cultuada em todo o mundo. T2 Trainspotting tinha, portanto, uma obrigação de se mostrar relevante e respeitoso à qualidade do original, pois ultrapassá-lo em arrecadação seriam favas contadas. Após 10 semanas em cartaz (contra sete do original), a continuação alcançou uma proeza: pífios US$ 2 milhões em solo norte-americano, US$ 41 milhões no total. Ao menos o filme custou US$ 18 milhões.

    O que não é o caso de Blade Runner 2049. Visualmente arrebatador, respeitoso ao clássico Blade Runner, o Caçador de Androides em sua abordagem de cinema de ação, ficção científica e filosófica, a sequência de Denis Villeneuve abusou no budget (US$150 milhões) de um filme difícil com mais de 2 horas e 40 minutos (o corte do diretor tem mais de 4 horas!). Resultado: US$ 80 milhões de prejuízo. O Brasil também tem um caso muito significativo, com a nova adaptação de Dona Flor e seus Dois Maridos atraindo menos de 38 mil espectadores para os cinemas (cerca de 0,35% em relação aos mais de 10,7 milhões de ingressos no filme de 1976). E ninguém entendeu ainda por que Linha Mortal ganhou uma refilmagem, principalmente em sendo tão ruim como Além da Morte.

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