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    Top 10: As maiores personalidades do cinema brasileiro em 2017

    Porque o melhor do Brasil é o brasileiro.

    O chavão contemporâneo diz que “o melhor do Brasil é o brasileiro”. E a lista a seguir está aí para dar aval ao clichê.

    Dois mil e dezessete (até novembro) foi um ano comercialmente… ruim para o cinema nacional. De acordo com o portal Filme B, os títulos brasileiros enfrentaram uma queda de público de 36,2% em relação ao ano anterior - ao todo, 16,5 milhões de ingressos foram vendidos para as produções daqui (25,8 milhões em 2016).

    Enquanto a crise econômica afasta, sobretudo, a outrora bajulada classe C, há que se relativizar: não tivemos nos últimos 11 meses um blockbuster nacional recordista atípico como foi Os Dez Mandamentos, que vendeu, oficialmente, 11,2 milhões de tíquetes (número que equilibraria a conta).

    Já no campo dos festivais internacionais (que funcionam como vitrine), com o perdão do trocadilho, continuamos batendo um bolão. Se não tivemos um Aquarius competindo pela Palma de Ouro em Cannes, Gabriel e a Montanha saiu da Croisette premiado na Semana da Crítica. Já no prestigiado equivalente de Berlim, foram 12 (doze!) os títulos tupiniquins selecionados, um recorde.

    Independente de números, o grupo a seguir (selecionado pelos editores do AdoroCinema) procura contemplar os profissionais - das mais variadas funções - que contribuíram especialmente no último ano para projetar o cinema nacional. Comparado com o ranking dos anos anteriores (esta é a quarta edição do “top 10”; relembre as demais na última página), um fato chama a atenção: ao mesmo tempo em que a paridade de gêneros já pode ser comemorada, a ausência de negros em posições de destaque é algo ser debatido. Para isso, 2018 está (quase) aí.

    Mas, antes, boa sessão. Sem legendas.

    10. Eduardo Valente

    O diretor e crítico foi fundamental este ano para dar visibilidade ao cinema brasileiro nos festivais nacionais e internacionais. No Brasil, o diretor do Festival de Brasília organizou uma 50ª edição rica em formas, discursos e debates, incluindo a seleção de filmes importantes como os politizados ArábiaEra uma Vez Brasília e Pendular. Na Alemanha, teve um papel essencial para que o cinema brasileiro conquistasse participação recorde no festival de Berlim, com 12 obras selecionadas, a exemplo de JoaquimComo Nossos Pais e As Duas Irenes. (Bruno Carmelo).

    09. André Pellenz

    Se lançar um filme no Brasil já é difícil, imagine três em um mesmo ano! André Pellenz esteve muito perto disto, mas aos 45 minutos do segundo tempo a comédia Festa da Firma foi adiada para 2018. Não importa. Se com a aventura infantil Detetives do Prédio Azul ele obteve a segunda maior bilheteria do cinema nacional em 2017, com 1,2 milhão de espectadores, a comédia Gosto Se Discute não se saiu tão bem, mas ainda assim levou 165 mil pessoas aos cinemas. Desempenho nada mal em um ano tão complicado (nas bilheterias) para o cinema brasileiro. (Francisco Russo).

    08. Lucas Paraizo

    Se é de boas histórias que se faz um cinema de qualidade, nada mais pertinente do que convocar Lucas Paraizo para esta lista. Roteirista da versão para a TV de Sob Pressão, ele marcou presença nos cinemas em 2017 com os textos de duas produções de destaque do ano: Gabriel e a Montanha e Divinas Divas. Ainda: venceu o prêmio na categoria na última edição do Festival do Rio por Aos Teus Olhos - com estreia prevista para 2018, no entanto. Sem dúvida, um nome a se ficar de olho. (Renato Hermsdorff).

    07. Selton Mello

    Um fato é inegável: Selton Mello trabalha. E como trabalha! Diretor de cinema bissexto, em 2017 ele voltou à função com o poético O Filme da Minha Vida - seis anos depois de O Palhaço. E dedicou a vida a divulgar a produção viajando pelo Brasil e até pelos Estados Unidos, onde o longa também foi lançado. Além de atuar no próprio filme - e com uma diária que deve durar pelo menos 36 horas -, ainda marcou presença no elenco de Lino - Uma Aventura de Sete Vidas, Soundtrack e na série Treze Dias Longe do Sol (da TV Globo, já disponível no serviço de streaming do canal). Também filmou O Mecanismo, aguardada série de José Padilha para Netflix, no qual vive o protagonista, com estreia em 2018 - ano em que deveria ministrar o workshop “como gerenciar seu tempo de forma útil”. (R.H.)

    06. Larissa Manoela

    A ascensão de uma nova estrela do cinema nacional, mais voltada ao público jovem? Talvez. Se Larissa Manoela já havia feito sucesso como a Maria Joaquina nos dois filmes da franquia Carrossel, em 2017 ela enfim teve seu voo solo com Meus 15 Anos, onde foi protagonista absoluta - e se saiu bem, também nas bilheterias, com mais de 700 mil ingressos vendidos. A reta final de ano ainda trará um segundo desafio, agora acompanhado pela "De Pernas pro Ar" Ingrid Guimarães, em Fala Sério, Mãe! E 2018 já chega com mais um filme a caminho: A Escolha Certa, coestrelado por Maísa, ex-colega de Carrossel. (F.R.)

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