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    Participação da mulher negra no cinema nacional é destaque em mostra no Rio de Janeiro

    Evento acontece na Caixa Cultural entre 5 e 17 de dezembro trazendo produções de diversas diretoras negras do país - entre elas as pioneiras Danddara e Adélia Sampaio.

    Com 46 produções nacionais dirigidas por mulheres negras, a mostra Diretoras Negras do Cinema Brasileiro desembarca na Caixa Cultural Rio de Janeiro nesta terça-feira, 5, percorrendo o histórico de cineastas importantes como Danddara e Adélia Sampaio, a primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem no país.

    Além das duas figuras pioneiras, filmes de cineastas contemporâneas que estão despontando no cenário nacional também estão entre os selecionados. Obras de nomes como os de Carol Rodrigues, Elen Linth, Juliana Vicente, Lilian Solá Santiago, Renata Martins, Sabrina Fidalgo, Viviane Ferreira e Yasmin Thayná têm sessões marcadas.

    Entre as produções exibidas está Amor Maldito (1984), de Adélia Sampaio, que marcou história no Brasil por ser o primeiro filme nacional comandado por uma mulher negra. O drama, inteiramente focado na relação de um casal lésbico, algo também inédito no país no período, poderá ser visto neste dia 7, quinta-feira. Danddara, que iniciou sua carreira na década de 1990, marca presença com seus dois principais curtas, Gurufim na Mangueira (2000) e Cinema de Preto (2004).

    Paralelamente aos filmes, acontecerão duas mesas de debate com entrada franca. Uma delas, intitulada "O percurso das diretoras negras no cinema brasileiro", acontece às 19h do dia 7 de dezembro, e contará com a presença de Adélia Sampaio e Sabrina Fidalgo. Já "Perspectivas e transformações: a mulher negra no cinema nacional", que ocorre no dia 14, receberá Janaína Oliveira e Yasmin Thayná no debate.

    Paulo Ricardo de Almeida, um dos curadores do evento ao lado de Kênia Freitas, destaca que os investimentos do governo nos últimos anos foram essenciais para que uma maior diversidade entre os realizadores fosse possível. “Houve o barateamento dos equipamentos de produção, sobretudo com a entrada em cena do digital, que aumentou o acesso a uma arte (ainda cara) para um número maior e mais diverso de realizadores. [...] A abertura de uma linha de financiamento específica na Ancine para afrodescendentes significa o reconhecimento da falta de diversidade pela instância máxima de fomento do cinema brasileiro”, disse em comunicado enviado à imprensa.

    A mostra vai até o dia 17 de dezembro com ingressos a R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia). Mais informações e a programação completa podem ser vistas no site oficial da Caixa Cultural.

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