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    The Gifted: Ótimo começo para a série da Fox que expande o universo dos X-Men (Primeiras impressões)

    Ser diferente é um perigo.

    Esta semana, a Fox mostrou à imprensa o primeiro episódio de uma de suas maiores apostas: The Gifted, que expande o universo mutante para além dos conhecidos X-Men.

    A série traz a união de dois núcleos distintos: de um lado está uma família comum, que acaba de descobrir que os dois filhos são, na verdade, mutantes com poderes impressionantes. Do outro lado, um grupo de mutantes experientes tenta fugir do Serviço Sentinela, que enxerga nos superpoderes uma ameaça à sociedade.

    União dos mutantes

    O piloto consegue abordar muito bem estas duas esferas. Para captar a atenção do espectador desde a primeira cena, aposta num momento de perseguição: policiais correm atrás da mutante Blink (Jamie Chung). Logo descobrimos o grupo que a acolhe, e de que maneira cada um manifesta os seus poderes. Estamos em um universo no qual mutantes são perseguidos, "um grupo de aberrações", como diz um personagem. A metáfora da exclusão social é clara, e bem trabalhada através do elenco multiétnico.

    No entanto, o elo mais interessante se encontra no dilema familiar dos irmãos Andy (Percy Hynes-White) e Lauren (Natalie Alyn Lind). Ele sofre bullying na escola, enquanto ela é uma adolescente popular. Mas ambos possuem um dom muito especial, revelado por acaso, quando o garoto não controla a sua raiva diante das agressões dos colegas de escola. 

    A relação entre os dois deve ser o principal motor narrativo no início de The Gifted. Os dois atores estão muito bem em seus papéis, e é do lado deles que se encontra a trajetória típica das histórias de super-heróis: uma pessoa comum descobre os seus poderes, passa a aceitá-los, controlá-los e depois colocá-los em prática. Este rito de passagem vem acompanhado de bons momentos cômicos, muitas cenas de ação e efeitos visuais bastante satisfatórios.

    Alguns poréns

    O piloto de The Gifted possui algumas fraquezas, que não comprometem muito o resultado final. A mãe da família (Amy Acker) tem pouca função na trama - por enquanto, pelo menos. Além disso, alguns clichês incomodam, como a pessoa que tropeça e cai durante uma perseguição, apenas para ser salva no último instante, ou aquele personagem que tem a oportunidade perfeita de combater o inimigo, mas prefere discursar antes de agir.

    Além disso, a descoberta dos poderes de Andy, embora venha embalada em uma sequência poderosa, deve demais à dinâmica de Carrie - A Estranha, a ponto de parecer uma cópia. Até a locação do baile foi mantida...

    Ou seja, talvez a série fique refém de alguns lugares-comuns de ação e aventura. Mas de modo geral, o piloto cumpre bem a função de apresentar personagens, instigar o espectador quanto aos rumos futuros e terminar com uma cena explosiva, que desperta a vontade de ver a sequência da história o quanto antes.

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