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    Darren Aronofsky afirma que novo filme do Coringa utiliza algumas de suas ideias não aprovadas para o Batman

    O premiado cineasta quase dirigiu um filme sobre o Homem-Morcego no início dos anos 2000.

    Kevin Winter/Getty Images North America

    No momento, existem poucas certezas em relação ao filme de origem do Coringa. Além do fato de que Todd Phillips (Se Beber, Não Case!) será o diretor, os rumores conflitantes sobre a produção vem deixando fãs, jornalistas e até mesmo Jared Leto bastante confusos. No entanto, há uma pessoa — e esta não é Margot Robbie — que sabe quais são os misteriosos planos da Warner/DC: Darren Aronofsky (Mãe!).

    Antes de Christopher Nolan e Christian Bale redefinirem o gênero dos filmes de super-heróis com a trilogia O Cavaleiro das Trevas, o premiado e aclamado cineasta de obras como Cisne Negro e O Lutador dirigiria um reboot da saga do Batman no início dos anos 2000. No entanto, o projeto acabou sendo cancelado pela Warner durante a fase de pré-produção. Especulava-se que as ideias apresentadas por Aronofsky aos executivos do estúdio seriam muito sombrias para uma época onde obras como Logan e Deadpool eram um sonho impossível; contudo, a verdade é que a Warner parece não ter descartado os planos do diretor:

    "Sabe, acho que finalmente... Nós estávamos basicamente quinze anos adiantados. Porque pelas coisas que tenho ouvido falar sobre o filme de origem do Coringa, é exatamente o que faríamos. Queria filmar no lado leste de Detroit e Nova Iorque. Não íamos construir Gotham. E o Batmóvel seria uma limousine Lincoln Continental [...] Nós queríamos reinventar as coisas, fazer o filme ser mais visceral, no estilo de Taxi Driver. Mas as pessoas que vendem brinquedos disseram: 'Ah, não, não pode ser uma Lincoln Continental, você tem que fazer o Batmóvel", declarou o cineasta em entrevista ao site FirstShowing.

    A declaração de Aronofsky certamente é muito compatível ao rumor divulgado pelo The Hollywood Reporter, que dá conta de que o vindouro longa traria o Coringa como um "rei do crime" de Gotham. Esta abordagem mais realista, crua e sombria da saga do maior vilão do Homem-Morcego seria baseada na estrutura narrativa e no tom das obras de Martin Scorsese — o diretor do supracitado Taxi Driver foi apontado como produtor do filme, mas ainda não há nada confirmado —; ainda, vale lembrar que o sonho de consumo da Warner seria ter Leonardo DiCaprio (O Regresso) como protagonista — Leto não será o Palhaço do Crime porque o longa não fará parte do Universo Estendido da DC, não tendo relação alguma com produções como Esquadrão Suicida e Batman vs Superman.

    Portanto, ao que tudo indica, o estúdio realmente está aproveitando as ideias não aprovadas de Aronofsky em seu novo projeto. E o cineasta, por sua vez, se mostrou tranquilo com a situação — revelando, ainda, que a Warner já utilizou outros pedaços de seus planos em longas como Liga da Justiça: "Algumas das ideias que tive foram utilizadas em outros filmes. Como o anel com a inscrição 'BW', que Bruce Wayne usa para fazer a cicatriz está no filme de Zack Snyder ou algo assim. Mas tudo bem, você desenvolve essas ideias e elas são utilizadas".

    Assim, por mais que o Batman de Aronofsky tenha se perdido no limbo dos filmes não-produzidos — como o Homem-Formiga de Edgar Wright ou a Liga da Justiça de George Miller —, ainda será possível ver algumas de suas ideias ganharem as telonas. Não é o melhor dos cenários, é claro: um longa do Homem-Morcego dirigido pelo talentoso realizador certamente teria um grande potencial para entrar para a história do gênero. De qualquer forma, resta esperar para ver se a Warner/DC fará bom proveito das ideias que Aronofsky desenvolveu.

    O cineasta retorna aos cinemas brasileiros comandando sua namorada Jennifer Lawrence e o espanhol Javier Bardem em Mãe!. O suspense psicológico será lançado na próxima quinta-feira, dia 21 de setembro.

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