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    Os maiores sucessos e fracassos do verão americano

    De Mulher-Maravilha a Rei Arthur.

    Com o fim do mês de agosto, termina o período conhecido como "verão americano", que começa em meados de maio. É nessa época que as produtoras lançam os seus maiores filmes familiares e de férias, garantindo uma disputa acirrada entre os blockbusters pela atenção do público.

    Quais produções se saíram bem? Quais decepcionaram? A indicação acima não diz respeito à qualidade dos filmes, apenas à arrecadação em relação aos custos, e às expectativas gerada por cada filme dentro de sua franquia.

    Alguma surpresa com os resultados?

    Guardiões da Galáxia Vol. 2: Custou US$200 milhões, arrecadou US$861 milhões no mundo inteiro. Conseguiu superar os números do primeiro filme e consolidou a popularidade dos personagens.

    Rei Arthur - A Lenda da Espada: custou US$175 milhões (sem os gastos de publicidade), arrecadou apenas US$143 milhões no mundo inteiro. A intenção era começar uma nova franquia, mas é improvável que um segundo filme chegue aos cinemas.

    Alien: Covenant: apesar da fraca arrecadação nos Estados Unidos, a bilheteria nos outros países salvou a ficção científica do fracasso. O total de US$232 milhões é aceitável para os custos de US$97 milhões, mas Covenant ficou muito longe dos US$403 milhões de Prometheus.

    Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar: o total de US$786 milhões arrecadados no mundo inteiro é certamente muito bom, mesmo para os altos custos de US$230 milhões. No entanto, o quinto filme ficou longe dos outros títulos da franquia, cujos filmes vinham ultrapassando a marca de US$1 bilhão.

    Baywatch: O filme estreou em terceiro lugar e sequer conseguiu cobrir nos Estados Unidos os baixos custos de US$69 milhões. Eventualmente, a comédia chegou a US$176 milhões no mundo inteiro, evitando o prejuízo, mas para um título que apostava no início de uma nova franquia, o resultado ficou longe do esperado.

    Mulher-Maravilha: o maior sucesso do verão americano. Apostando numa atriz pouco conhecida e numa diretora com pouca experiência em blockbusters, o filme mais barato do universo estendido da DC se tornou também o mais lucrativo, superando os números de Batman vs Superman - A Origem da Justiça, Esquadrão Suicida e O Homem de Aço, com US$797 milhões arrecadados até o momento, para os custos de US$149 milhões.

    A Múmia: A resposta do público americano foi muito fraca (US$80 milhões), mas os números nos outros países (US$325 milhões) foram suficientes para garantir os lucros. Mesmo assim, o futuro do Universo de Monstros dos estúdios Universal deixa dúvidas.

    Carros 3: Apesar das boas críticas, este se tornou, de longe, o filme menos lucrativo da franquia, e a segunda menor arrecadação da história da Pixar, com US$299 milhões no total. Mesmo assim, a produção deve gerar lucros com os produtos derivados (brinquedos, mochilas, cadernos) que sempre foram uma atração importante na saga Carros.

    Transformers: O Último Cavaleiro: Ficou muito abaixo dos outros quatro filmes da série, arrecadando cerca de metade da bilheteria de O Lado Oculto da Lua e A Era da Extinção. Foram os números internacionais que equilibraram a fraca recepção americana. Mesmo assim, o total de US$594 milhões está longe de significar um prejuízo para o projeto que custou US$217 milhões.

    Meu Malvado Favorito 3: Os números ficaram um pouco abaixo do segundo filme e de Minions, mas com a arrecadação total de US$921 milhões para os custos de US$80 milhões, não restam dúvidas sobre a imensa popularidade da franquia.

    Homem-Aranha: De Volta ao Lar: A franquia andava com problemas, mas a Marvel conseguiu colocar o herói de volta nos eixos. O filme arrecadou respeitáveis US$702 milhões para os custos de US$175 milhões. Esses números superam os resultados da franquia Espetacular Homem-Aranha, embora fiquem abaixo da trilogia original do personagem.

    Planeta dos Macacos - A Guerra: Mesmo com críticas excelentes, a franquia Planeta dos Macacos nunca foi muito lucrativa, e o terceiro filme da trilogia ficou abaixo dos anteriores. Com os custos de US$150 milhões (sem o investimento em publicidade), a produção arrecadou US$313 milhões no mundo inteiro, o que impede o prejuízo, mas representa apenas metade dos números de O Confronto.

    Dunkirk: Um dos raros filmes originais (ou seja, que não fazem parte de uma franquia) no verão americano trouxe uma boa surpresa, com US$364 milhões arrecadados até o momento, para os custos de US$100 milhões, além das críticas excelentes e da forte possibilidade de chamar a atenção no próximo Oscar.

    Valerian e a Cidade dos Mil Planetas: O projeto dos sonhos de Luc Besson teve altos custos (US$177 milhões oficialmente, embora fontes estimem que o valor tenha ultrapassado US$200 milhões) e sequer cobriu seus gastos de produção até o momento, com US$114 milhões arrecadados no mundo inteiro. A possibilidade de uma sequência está praticamente descartada, mas a estreia futura em grandes mercados como a China e o Japão podem amenizar os resultados.

    Emoji - O Filme: As críticas foram desastrosas e o filme sequer arrecadou US$100 milhões mundiais até o momento - o que, para uma animação americana, é um resultado bastante fraco. Pelo menos, os baixos custos de US$50 milhões diminuem os riscos para os produtores.

    A Torre Negra: A produção ainda vai estrear nos maiores mercados (China, Japão, Brasil, França, Reino Unido), mas por enquanto a situação não parece boa. O filme estreou com apenas US$19 milhões nos Estados Unidos, e sequer cobriu os custos de US$60 milhões até o momento.

    Annabelle 2 - A Criação do Mal: Mesmo com a maioria dos mercados para estrear (China, Japão, Brasil, México, França), o filme já se tornou o quarto sucesso consecutivo da franquia Invocação do Mal. Com uma estreia sólida de US$35 milhões nos Estados Unidos, a produção já faturou US$75 milhões no total, para os custos modestos de US$15 milhões.

    O Que Será de Nozes? 2: Estreando com apenas US$8,3 milhões nos Estados Unidos, a animação se tornou o maior fracasso de todos os tempos para um lançamento em mais de 4000 salas de cinema. Os custos de produção não foram divulgados, mas espera-se que estejam próximos do primeiro filme (US$42 milhões). Pelo menos, estes números dizem respeito apenas aos Estados Unidos, pois o filme ainda não estreou em outros mercados.

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