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    Cine PE 2017: A imponência do curta Mulheres Negras na noite do suspense O Crime da Gávea

    O Menino do Canto do Mar emana saudosismo e reverência. Peleja no Sertão diverte e eletriza o público.

    Na quarta noite do Cine PE 2017, o quarto concorrente na mostra competitiva de longas-metragens: O Crime da Gávea, thriller policial que explora aspectos do film noir para criar atmosfera e envolver o público em sua trama de crime e suspense e na mente perturbada de seu protagonista. O resultado da premissa interessante, no entanto, é uma estrutura confusa, prolixa, dramaturgicamente falha e baseada numa resolução de frustrante previsibilidade.

    Leia a nossa crítica.

    Antes disso, Mulheres Negras: Projetos de Mundo gerou comoção (quiçá aprovação) geral do público. Em parceria com Lucas Ogasawara, Day Rodrigues busca alternativas simples de direção de arte, montagem e som num louvável esforço cinematográfico em torno da proposta fundamental do documentário: visibilizar a mulher negra, reverberar a sua voz. O resultado é um mosaico de fatos, questões e reflexões variados, de acadêmicos a cotidianos, sempre muito sóbrios, muito urgentes, muito tocantes, num exercício incrível de invocação de empatia sobre uma causa.

    O Menino do Canto do Rio abriu a noite rememorando o longa-metragem pernambucano O Canto do Mar, de Alberto Cavalcante. Ulisses Andrade realiza essa operação de resgate de modo convencional, até simplório na montagem de alguns trechos (especialmente em seu deslocado prólogo), que ainda abusa na reverência ao protagonista do longa-metragem, o ilustre olindense Rildo Saraiva. Saudosista, o documentário ganha força quando explora o valor histórico do filme original em seu retrato do povo, da cidade e dos problemas de Recife e região na década de 50.

    Coube a Peleja no Sertão o ponto mais divertido da noite. Não exatamente em termos de humor, apesar do riso arrancado pelo forte sotaque dos personagens do interior cearense. Mas por ser uma animação de traços e narrativa tradicionais, com uma trilha sonora palpitante, que reúne pontos de virada, ação, emoção, suspense, reviravoltas e um bom desfecho em 14 minutos de puro entretenimento.

    Hoje no Cine PE 2017

    Toro, segundo filme da Trilogia da Realidade de Edu Felistoque, será o penúltimo longa-metragem exibido em competição. Autofagia disputa na mostra de curtas pernambucanos, enquanto a seleção nacional apresenta três filmes paulistas: Quando os Dias Eram Eternos, O Tronco e Sal

    O AdoroCinema viajou a convite da organização do evento. 

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