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    A Múmia é o melhor lançamento internacional da carreira de Tom Cruise

    Parece que o astro está com mais prestígio com os gringos do que em casa.

    Primeiro filme do Universo Sombrio da Universal, que resgata os mais famosos monstros cinematográficos do estúdio, A Múmia não cumpriu as expectativas da companhia. Atacado pelos críticos, o longa fracassou nas projeções realizadas e acabou arrecando "apenas" US$ 32 milhões em seu final de semana de abertura nos Estados Unidos - as projeções iniciais previam em torno de US$ 40 milhões. No entanto, os executivos da produtora ganharam um inesperado motivo para comemorar: a obra do diretor Alex Kurtzman dominou as bilheterias mundiais, arrecadando US$ 141 milhões e assumindo o posto de melhor lançamento da carreira de Tom Cruise no mercado internacional.

    Entretanto, esta não é a primeira vez que isso ocorre na carreira do ator. A última vez em que a arrecadação nacional final de um filme de Cruise rivalizou, em pé de igualdade, com sua arrecadação internacional total foi há 12 anos com Guerra dos Mundos, dirigido por Steven Spielberg (US$ 234 milhões em solo pátrio para US$ 357 milhões em terras estrangeiras). De lá para cá, o percentual total em território estadunidense caiu vertiginosamente perante o percentual "gringo" conforme o público mundial aumentou seu interesse pelo astro. Isso pode ser evidenciado nos números dos finais de semana de abertura de seus três últimos grandes sucessos:

    1) Missão Impossível: Nação Secreta, de 2015, arrecadou US$ 55 milhões nos Estados Unidos no fim de semana de estreia e arrecadou US$ 65 milhões ao redor do mundo.

    2) No Limite do Amanhã, de 2014, ganhou US$ 28 milhões em casa e US$ 20 milhões fora.

    3) Missão Impossível - Protocolo Fantasma reuniu US$29 milhões na terra do bacon e da Estátua da Liberdade e impressionantes US$ 69 milhões em território internacional.

    É claro que é preciso levar em consideração que a quantidade de telas em que os filmes de Cruise são lançado no mundo todo, considerando todos os países onde são exibidos, é muito maior que o número de cinemas em que o longa estreia nos Estados Unidos. Contudo, a popularidade da maior estrela de seu novo universo cinematográfico ao redor do mundo deve ser levada em consideração pela Universal para os próximos filmes. Afinal, o pontapé inicial do Universo Sombrio depende dos espectadores mundiais. Ao que tudo indica, só eles podem salvar a obra - que custou aproximadamente US$ 125 milhões para ser realizada.

    Vale lembrar que, nos últimos anos, o público estrangeiro passou a ser visto como novo alvo para os produtores estadunidenses. Mais do que nunca, a bilheteria mundial tem sido crucial para determinar o sucesso ou a completa falha de um produto hollywoodiano. Ainda que os Estados Unidos tenham sempre sido excelentes em exportar seus bens culturais, o público nacional era a principal fonte de renda quando se trata de cinema. No entanto, a expansão de demanda de imenos mercados consumidores como o russo e o chinês mudaram o panorama: segundo estatísticas da MPAA (Associação Cinematográfica dos Estados Unidos, em tradução livre), quase 70% dos ganhos dos estúdios são provenientes de mercados estrangeiros.

    Em A Múmia, Tom Cruise interpreta Nick Morton, um ladrão de artefatos arqueológicos que precisa derrotar a Múmia (Sofia Boutella). Coestrelado por Russell Crowe, Annabelle Wallis, Jake Johnson e Courtney B. Vance, o filme está em cartaz nos cinemas brasileiros. Confira aqui a crítica do AdoroCinema.

     

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