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    Crise no cinema americano? Especialistas preveem bilheteria em baixa para grandes produções em 2017

    Seria o cansaço das franquias? A competição com as séries?

    Diante das bilheterias expressivas de A Bela e a Fera, Guardiões da Galáxia Vol. 2 e Velozes & Furiosos 8, o mercado de cinema norte-americano parece caminhar para um sucesso garantido em 2017.

    No entanto, o site The Hollywood Reporter fornece um quadro menos otimista da indústria. Grandes produções como as citadas acima de fato registraram números excelentes, e outras que virão - Mulher-Maravilha, Homem-Aranha: De Volta ao Lar, Liga da Justiça - devem seguir o mesmo caminho. 

    No entanto, os anos anteriores também tiveram diversos blockbusters bem-sucedidos, e 2017 não parece ter filmes suficientes para competir com os números de 2014, 2015 e 2016. De acordo com produtores dos grandes estúdios, este ano pode registrar queda de até 10% no faturamento em Hollywood.

    Isso ocorre porque alguns filmes caríssimos têm despertado menos atenção do que se imaginava: Rei Arthur - A Lenda da Espada custou impressionantes US$175 milhões, mas pode arrecadar menos de US$30 milhões na estreia, de acordo com as previsões de pré-estreias e baseada na popularidade nas redes sociais.

    Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar, Alien: Covenant e Transformers: O Último Cavaleiro devem ter resultados sólidos, mas sem garantias de atingir o sucesso de seus antecessores. Baywatch e A Múmia permanecem incógnitas no mercado por suas abordagens diferentes das marcas originais, sem falar nas novas empreitadas de A Torre Negra, It - A Coisa, Dunkirk e Em Ritmo de Fuga.

    O motivo para a possível queda seria, de acordo com o estudo, o cansaço do público com as franquias. Em média, um blockbuster tem estreado a cada duas semanas entre abril e setembro. Outra possibilidade seria a concorrência com as séries: Stranger Things e Game of Thrones são programas mais procurados na Internet do que a maioria dos filmes citados anteriormente.

    Além disso, nenhuma grande produção está agendada para o mês de agosto, que tem sido uma época importante para a arrecadação na indústria americana. "Existem muitos desafios. Os lançamentos estão saindo dos cinemas mais rápido", admite a presidenta de marketing da Paramount, Megan Colligan. "A audiência está muito mais fragmentada hoje", concorda Jeff Goldstein, diretor de distribuição da Warner Bros. 

    Ou seja, o mercado está crescendo tanto, e tão rápido, que uma hora fica difícil sustentar o crescimento, e alguns fracassos são inevitáveis. Jeff Bock, analista da indústria do cinema, resume a situação: "Nós vimos o que aconteceu com o fracasso das sequências no ano passado. Se isso acontecer de novo, os estúdios serão obrigados a adotar mudanças drásticas", conclui.

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