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    James Mangold explica como Logan se conecta com os demais filmes da franquia X-Men (Entrevista exclusiva)

    Passado, presente e futuro.

    Não é fácil acompanhar a cronologia dos X-Men no cinema. Afinal de contas, os personagens já sofreram um reboot situado no passado (X-Men: Primeira Classe) e, em Dias de um Futuro Esquecido, houve a mescla de futuro e passado para iniciar um novo presente (confuso, não?). Pois Logan vai além e mostra um futuro ainda mais distante.

    Situado em 2029, a terceira aventura solo do Wolverine traz o personagem envelhecido e enfraquecido. Mais ainda: os X-Men são coisa do passado, idolatrados através de revistas em quadrinhos que surgem aqui e ali no próprio longa-metragem. Seria uma espécie de metalinguagem? O diretor James Mangold, em entrevista exclusiva ao AdoroCinema, explica: "Os roteiristas do filme [Michael Green e Scott Frank] e eu sempre acreditamos que as histórias em quadrinhos existem no mundo dos mutantes. Esses quadrinhos são como histórias sobre celebridades ou heróis do esporte, foram criados para contar as histórias sobre os X-Men."

    A presença de tais HQs é decisiva para melhor compreender como Logan se encaixa dentro da cronologia da franquia. "Estes heróis, que estão no fim de suas vidas, encontram apenas quadrinhos antigos e reclamam que as coisas não aconteceram do jeito que está escrito e que os personagens não se parecem com eles. Enfim, só eles sabem o que realmente aconteceu. Então, para mim, parte da razão para a qual Logan fugiu da sociedade foi porque ele e os X-Men receberam muita atenção da mídia e ele não consegue lidar com o status de 'lenda' que recebeu, com o fato de que tudo foi muito exagerado. Ele não consegue se ver como o herói."

    Ok, fizemos então a pergunta de forma direta: como Logan se conecta com os demais filmes da franquia?

    "É complicado porque nós temos filmes que voltam no tempo, outros que vão à frente... É por isso que o nosso filme se passa em 2029, para poder evitar essa pergunta. Mas, de fato, nós reconhecemos as coisas que aconteceram no primeiro X-Men, por exemplo. Aquelas coisas aconteceram! Então, o que eu apresento para o público é uma chance de decidir se os outros filmes são uma narrativa exagerada da realidade ou se este representa a realidade; e os quadrinhos fazem parte desta realidade."

    Entendeu? No fim das contas, Mangold levanta a possibilidade de que tudo o que foi visto em X-Men 2X-Men - O Confronto Final e até no futuro de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido nada mais seja do que a visão exagerada retratada nas HQs - tais fatos aconteceram, mas não daquela forma. E, com isso, se justifique o tom mais realista visto em Logan.

    Se tal proposta funcionará ou não, teremos que aguardar até 2 de março, dia da estreia do longa-metragem nos cinemas brasileiros. O que achou da ideia?

    O AdoroCinema viajou a Nova York a convite da Fox Filmes do Brasil.

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