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    Diretores de TOC, com Tatá Werneck, pretendiam fazer comédia sem ‘happy ending’ (Entrevista Exclusiva)

    Teo Poppovick e Paulinho Caruso comentam a mudança no final do filme depois que Transtornada Obsessiva Compulsiva foi submetido a teste de audiência.

    No material de divulgação de TOC – Transtornada Obsessiva Compulsiva, os diretores Teo PoppovickPaulinho Caruso confessam, de forma sincera, que estavam “infelizes” com projetos anteriores de que participaram – e o filme seria o grito de liberdade em busca de um trabalho mais autoral.

    No entanto, em entrevista ao portal Filme B, o distribuidor do longa, Bruno Wainer, revelou que o final de TOC foi alterado depois de ser submetido a testes de audiência, um procedimento comum dentro da Downtown Filmes. Para o executivo, a ideia original terminava de forma “pesada”.

    “A premissa que a gente tinha era que o filme tinha que terminar com um final triste”, comenta Teo. “A gente queria fazer uma comédia, sobre a felicidade, que não tivesse um ‘happy ending’”. A inspiração, ele conta, vem da filmografia do cineasta Woody Allen. “Em todos os filmes dele, os relacionamentos começam e acabam dentro do filme, isso é uma coisa muito saudável para falar sobre fim do amor, fim da vida, frustração”.

    A “canetada”, por outro lado, não foi tão grave quanto talvez pareça. Paulinho garante que o final original foi mantido – só que depois que sobem os créditos. (#ficavaiterposcredito). Agora... Se eles ficaram felizes, aí já é outro filme (com o resultado de TOC, ao que tudo indica, sim; com a vida, em geral...)

    Mariana Muller

    Pobre menina rica.

    Estreando na direção de longas-metragens, Poppovick já havia trabalhado com Tatá Werneck nos idos do “Comédia MTV”. De lá (2010) para cá, a ideia do filme mudou completamente. O projeto inicial era centrado no “desajuste” da protagonista. Portadora do tal transtorno, ela tinha que se virar para esconder a condição.

     

    “A primeira ideia que eu tive foi um pouco na linha desses filmes meio irmãos [Bobby e Peter] Farrelly [O Amor É Cego]”. Com a entrada de Caruso, eles concluíram que o material podia cair no mal gosto.

    “A gente recriou o filme pensando numa coisa que fosse não exatamente biográfica, mas mais ligada à realidade do que é a vida de uma atriz, uma pessoa que está totalmente exposta à fama, entregue a esse circo de mídia, à vida pessoal escancarada, e que está algemada numa série de compromissos que ela mesma criou para si. Ela é vítima do próprio destino, pobre menina rica”, tasca Teo.  

    Papo sério demais? “Não tem sentido eu fazer um filme com a Tatá sem ela poder ser nonsense”, ele pondera.

    Confira a entrevista completa com os “sincerões” no vídeo – e TOC – Transtornada Obsessiva Compulsiva, nos cinemas. O AdoroCinema aprovou.

     

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