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    ‘A tecnologia ajudou meu humor de palhaço’, diz Renato Aragão, que estreia Os Saltimbancos Trapalhões - Rumo a Hollywood (Exclusivo)

    No 50º filme da carreira, o eterno Didi contracena com animais - e fala dos próximos projetos (haja fôlego!)

    Nostalgia e novidade; roteiro e improviso; memória afetiva e renovação de público. Não foram poucos os momentos em que o diretor João Daniel Tikhomiroff (Besouro) teve que caminhar na corda bamba, no intuito de renovar um clássico dos queridos Trapalhões.

    É a busca por esse equilíbrio que chega às telas brasileiras nesta quinta-feira, 19, com Os Saltimbancos Trapalhões – Rumo a Hollywood, refilmagem mais próxima, conceitualmente, do musical que a dupla Charles MöellerClaudio Botelho levou para o teatro em 2014 – e, consequentemente da obra original de Chico Buarque (que, como diria Didi, “corre junto”) – do que da produção de 1981.

    Dessa vez, a proibição do uso de animais em espetáculos circenses (o que é lei) deixa o Grande Circo Sumatra em más lonas maus lençóis financeiramente. Assim, o dono do estabelecimento, Barão (Roberto Guilherme) acaba aceitando alugar o espaço para um prefeito para lá de interesseiro (Nelson Freitas) organizar seus conchavos. É quando Didi (Renato Aragão) se une a Karina (Letícia Colin) e os demais artistas para organizar um show especial, com o objetivo de atrair o público novamente.

    Divulgação

    “Num jantar que tivemos, trocando ideias, percebi que, dentro do coração do Renato, tinha a vontade de voltar à grande tela”, conta Tikhomiroff, que já havia trabalhado com o ator em dois telefilmes para a TV Globo (Didi, O Peregrino e Didi e o Segredo dos Anjos). O resultado é esse, o 50º filme do “Didi”.

    Se dizendo confortável com a tecnologia de hoje, o "trapalhão", que contracena com animais falantes na nova produção, garante que “A tecnologia inovou e ajudou meu humor de palhaço”.

    Fábio Seixo/ O Globo

    Já sobre o passado, ele perde o amigo, mas não perde a piada: “Não vou falar dos botóqui [botox], das plásticas do Dedé, coisa que a gente convive com isso toda hora... Eu não ia deixar passar isso em branco”, se diverte, em referência a uma cena logo no início do filme, em que improvisa uma piada em cima dos “procedimentos cirúrgicos” do companheiro de cena.

     

    Ainda no campo nostálgico, em conversa (fora das câmeras) com o AdoroCinema, a esposa e empresária do ator, Lílian Aragão confessou que gostaria de ver um remake de Bonga, o Vagabundo (1971) nos cinemas. “Não é só ela, não, menino, todo mundo [quer]”, confessa Renato. “É um filme que não teve sucesso na minha vida, não sei como ele marcou tanto”.

    Antes, no entanto, diretor e ator têm outro projeto em desenvolvimento, sob o título provisório de “Didi e o Fantasma do Teatro”. Além desse (haja fôlego), Tikhomiroff adianta que está com as “catraca” funcionando para mais um projeto em conjunto com o artista. “Mistura com o Bonga, que é pra 'correr junto'”, pede Renato, incansável aos 82 anos.

    Confira a entrevista completa no vídeo acima.

     

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