Quando falamos em varinha, o que você lembra automaticamente?
a) Merlin
b) Bruxos
c) Fadas madrinhas
d) Feitiços
e) Harry Potter
f) Todas as opções acima
Varinhas têm sido parte de contos de fadas e histórias de bruxas há muito tempo. Entretanto, desde o lançamento de Harry Potter e a Pedra Filosofal em 1997, adaptada para os cinemas em 2001, o item ganhou popularidade e ao pensar em varinhas, a maioria das pessoas sempre lembra do bruxinho e dos feitiços que ele aprende em Hogwarts.
Tanto que, mesmo hoje, cinco anos depois que Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2 chegou aos cinemas, quase todo fã dos personagens criados por J.K. Rowling querem ter uma varinha - seja customizada, artesanal, oficial, réplica de alguma de um personagem… e por aí vai. É de se imaginar, então, que as lojas estariam faturando aos montes com esses fãs. Certo?
Entretanto, uma loja de varinhas em Huddersfield, na Inglaterra, baniu fãs de Harry Potter e se recusa a vender seus itens para eles. Isso porque, segundo Richard Carter, o dono da loja britânica Mystical Moments, as varinhas feitas à mão não são um mero acessório de decoração, ou parte de um cosplay. Pelo contrário, elas usadas como amuletos da sorte, para trazer fortuna na forma de amor ou dinheiro; e para realizar feitiços de cura, desenhar círculos protetores e afastar forças do mal enquanto seus donos meditam.
“Você não acreditaria em quantos bruxos e bruxas reais estão aparecendo aqui. Você ficaria impressionado. Eles sabem que podem chegar aqui e se rebelar sem que as pessoas pensem que eles estão loucos”, afirmou Carter ao The Sun (via Independent). “Não tenho clientes que foram Harry Potterficados. Se alguém chegasse aqui querendo uma varinha só porque eles gostassem de Harry Potter, eu não venderia uma para eles, não importa quanto dinheiro eles estejam oferecendo.”
Mesmo assim, escolher uma varinha no Mystical Moments não é muito diferente do que aconteceria na loja Olivaras, no Beco Diagonal. Cada uma delas é feita de um tipo de maneira que lhe confere propriedades mágicas diferentes. Os compradores devem escolher a varinha que lhes chamar a atenção, pegar e ver se o item parece o certo para as suas mãos. Depois de escolher, é realizado um ritual com incensos para limpar a energia do fabricante da varinha.
Alguns fãs da saga Harry Potter se incomodaram com a decisão da loja. Mariella May, de 21 anos, por exemplo, afirmou: “É tão estúpido, é como se o McDonalds se recusasse a vender McLanche Feliz para pessoas tristes. Eles poderiam estar vendendo milhares de varinhas se não fossem tão pretensiosos”.
De fato, eles estariam mesmo faturando bastante. Afinal, a história de Harry ganhou uma continuação nos palcos londrinos com a peça “Harry Potter and the Cursed Child”, e em novembro chega aos cinemas o spin-off Animais Fantásticos e Onde Habitam.
