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    Ghost in the Shell: Produtor defende Scarlett Johansson e diz que o público "vai ficar feliz" com o resultado

    Escalação da atriz, que é caucasiana, deu início a debates sobre enbranquecimento de personagens asiáticos nos cinemas. Ghost In The Shell é baseado no anime e no mangá de mesmo nome

    "Eu não acho que ninguém vá ficar desapontado", garantiu o produtor Steven Paul, que trabalha no desenvolvimento do filme de ficção científica e ação Ghost in the Shell, adaptação hollywoodiana e com atores do anime O Fantasma do Futuro (1995).

    A versão live-action do filme, produzida em conjunto pela Paramount e DreamWorks Pictures, é alvo de controvérsia desde que escalou a atriz Scarlett Johansson para o papel da ciborgue Major Motoko Kusanagi, protagonista da animação japonesa. Alguns fãs e ativistas acusaram o filme de embranquecer uma personagem que, originalmente, é oriental. Quando a primeira foto oficial de Johansson como Kusanagi foi divulgada, a polêmica se alstrou ainda mais.

    Em entrevista ao site BuzzFeed News, Paul afirmou que a personagem de Johansson será chamada apenas de "a Major" e não terá o nome nipônico da personagem de O Fantasma do Futuro. "Eu acho que todos ficarão muito felizes com isso", disse. 

    O anime original se passa na cidade japonesa ficcional de Niihama, mas Paul afirma que Ghost In The Shell será ambientado em "um mundo internacional". "Há pessoas de todos os tipos e nacionalidades no mundo de Ghost in the Shell", contou. O elenco do longa-metragem traz nomes como Pilou Asbæk, Michael Pitt, Takeshi Kitano, Juliette Binoche, Kaori Momoi e Chin Han. "Nós temos pessoas de todo o mundo. Temos japoneses, temos chineses, temos ingleses, temos americanos."

    Jon Tsuei, um escritor de quadrinhos crítico à versão hollywoodiana de O Fantasma do Futuro, já afirmou que o filme se apropria da cultura asiática de forma negativa. "Ghost in the Shell, enquanto filme, é um pilar na mídia asiática. Não é apenas um thriller sci-fi. Não para mim, não para muitos outros. Ghost in the Shell é por herança uma história japonesa, não é universal. Esta escalação [de Johansson] não somente apaga os rostos asiáticos mas remove a história de seu tema principal."

    Apesar desses argumentos, Paul acredita que a história do mangá escrito por Masamune Shirow não é estritamente local. "Eu não penso nisso como simplesmente uma história japonesa. Ghost in the Shell tinha uma história muito internacional e não era focado apenas nos japoneses, mas no mundo todo. Isso é o que eu chamo de abordagem internacional. Eu acho que é a abordagem correta."

    O produtor ainda assumiu que haverá outras liberdades criativas na nova versão de O Fantasma do Futuro. "Eu acho que honraremos os fãs do mangá", contou Paul. "Nós fomos muito, muito, muito cuidadosos. Obviamente imaginamos coisas novas também. Como qualquer coisa, quando você faz um filme você tem que colocar um pouco de si", completou.

    No anime O Fantasma do Futuro, a Major Motoko Kusanagi é uma superpolicial japonesa, um ciborgue com elementos orgânicos que atua como líder tática de elite chamada Esquadrão Shell. Em um futuro onde boa parte dos humanos tem partes cibernéticas em seu corpos, a maior ameaça do longa-metragem é um poderoso hacker chamado de Mestre das Marionetes, que usa suas habilidades para ser o pivô de uma trama de conspirações políticas. A obra lida com temas como trans-humanismo, os efeitos colaterais dos avanços tecnológicos, identidade e questões filosóficas ligadas ao existencialismo.

    Com direção de Rupert Sanders (Branca de Neve e o Caçador), Ghost in the Shell tem estreia prevista para o dia 30 de março de 2017.

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