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    Angus Cloud, Chadwick Boseman e outros atores que morreram muito jovens
    Vitória Pratini
    Vitória Pratini
    -Redatora | crítica
    Jornalista e cinéfila, Vitória é apaixonada por cultura pop. No AdoroCinema, fez críticas, entrevistas nacionais e internacionais, além de coberturas que vão do Festival do Rio até San Diego Comic-Con. Até hoje espera sua carta de Hogwarts e uma volta na Millenium Falcon!

    Alguns astros deixaram marcas no mundo e partiram cedo demais.

    Não existe uma idade "ideal" para morrer. Portanto, dizer "jovem" ou "velho" demais é algo sem sentido. Contudo, é triste quando pessoas em ascensão enfrentam grandes fatalidades. Chadwick Boseman estava em seu pico quando faleceu devido a um câncer de cólon. O mesmo aconteceu recentemente com Angus Cloud, o eterno Fez do sucesso da HBO, Euphoria.

    Euphoria
    Euphoria
    Data de lançamento 2019-06-16 | min
    Séries : Euphoria
    Com Zendaya, Hunter Schafer, Angus Cloud
    Usuários
    4,1

    Como forma de homenageá-los, o AdoroCinema criou uma lista com atores que — apesar de terem partido precocemente — deixarão legados eternos. Confira a seguir: 

    Angus Cloud (10 de julho de 1998/ 31 de julho de 2023)

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    Em Euphoria, Angus Cloud deu vida a Fezco, um dos melhores amigos de Rue (Zendaya). O personagem foi o primeiro grande papel do ator na televisão. Em 2023, Cloud compôs o elenco do filme The Line e estava também escalado para um novo suspense da Universal Studios.

    No texto compartilhado pela família do astro, a causa do óbito não foi revelada — mas deu a entender que envolveu questões de saúde mental. “Angus era aberto sobre sua batalha com saúde mental e esperamos que sua morte possa ser um lembrete para os outros de que não estão sozinhos e não devem lutar contra isso sozinhos em silêncio”, diz a declaração publicada pela Variety.

    Angus Cloud não planejava ser ator e seu tempo em Euphoria seria curto, mas seu carisma o levou ao topo

    Chadwik Boseman (29 de novembro de 1976/ 28 de agosto de 2020) 

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    Chadwick Boseman estava vivendo o auge de sua carreira. Além de ter protagonizado Pantera Negra — um dos filmes mais emblemáticos da Marvel — ele estrelou Destacamento Blood, do lendário Spike Lee. Ainda neste ano, contracenou ao lado de Viola Davis no filme Ma Rainey's Black Bottom, que será lançado futuramente. 

    Contudo, tudo isso chegou ao fim quando o astro perdeu a batalha contra um câncer de cólon aos 43 anos. Mesmo assim, ele trabalhou em diversos papéis enquanto passava por cirurgias e quimioterapia. Boseman sempre será lembrado como um dos atores mais importantes para o cinema. 

    Chadwick Boseman: Conheça o filme póstumo do ator na Netflix

    Paul Walker (12 de setembro de 1973/ 30 de novembro de 2013)

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    Paul Walker atuou em mais de 40 produções para o cinema e TV, incluindo aí, sete filmes Velozes & Furiosos, franquia, claro, pela qual ficou marcado.

    Não deixa de ser morbidamente irônico, portanto, que o ator tenha falecido vítima de um... acidente automobilístico, aos 40 anos. Paul estava no banco do carona do Porsche Carrera GT dirigido pelo amigo Roger Rodas quando o carro colidiu com uma árvore – especula-se que o veículo estava a uma velocidade entre 130 e 150 Km/h – em Los Angeles. Como é sabido, na época, Paul estava filmando o 7º longa da série, e teve que ser “substituído digitalmente” para completar o filme, processo que contou com a participação dos irmãos dele, Caleb e Cody Walker.

    Cory Monteith (11 de maio de 1982/ 13 de julho de 2013)

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    O papel do quarterback Finn Hudson do seriado pop Glee era o sonho de qualquer ator que desejasse se projetar em Hollywood. Ficou com Cory Monteith que, de quebra, ainda engatou um namoro com a atriz protagonista da série, Lea Michele, formando assim o casal queridinho da TV dos Estados Unidos.

    O abuso de drogas era uma atitude recorrente na vida do ator, que chegou até a se internar voluntariamente em uma clínica para o tratamento de toxicodependência. Mas não foi suficiente e, em 2013, ele foi encontrado morto em um quarto de hotel em decorrência de uma overdose, ao que tudo indica, de heroína e álcool. Cory tinha apenas 31 anos.

    Andy Whitfield (17 de julho de 1972/ 11 de setembro de 2011)

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    Depois de participar de algumas produções na Austrália, onde cresceu, Andy Whitfield viu seu nome ser catapultado mundialmente à fama ao protagonizar a série Spartacus – um papel que exigia um vigor físico que não faltava ao ator.

    Foi chocante quando Whitfield revelou, em 2010, ser portador de um linfoma, um tipo de câncer. E, mais triste ainda, que ele não tenha resistido ao tratamento, falecendo no ano seguinte, aos 39 anos. A cineasta indicada ao Oscar Lilibet Foster (Speaking in Strings) realizou um documentário sobre a luta do ator, intitulado Be Here Now, ainda sem data de estreia definida no Brasil.

    Corey Haim (23 de dezembro de 1971/ 10 de março de 2010)

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    No Brasil, Corey Haim veio a ser involuntariamente um “clássico” da Sessão da Tarde. As participações do ator em filmes como Os Garotos Perdidos (1987), Sem Licença para Dirigir (1988), Um Sonho Diferente (1989), Rollerboys - A Nova Geração de Guerreiros (1990), o credenciaram como ídolo teen dos anos 1980.

    Não estava no auge da carreira quando morreu, em 2010, vítima de uma conjunção de fatores “naturais” – uma pneumonia, agravada por problemas cardíacos e respiratórios (e não por um possível abuso de drogas, como noticiado inicialmente). Mas Corey tinha apenas 38 anos quando foi acometido pela fatalidade.

    Brittany Murphy (10 de novembro de 1977/ 20 de dezembro de 2009)

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    As Patricinhas de Beverly Hills (1995); Garota, Interrompida (1999); 8 Mile: Rua das Ilusões (2002); Recém-Casados (2003); Sin City: A Cidade do Pecado (2005); Happy Feet: O Pinguim (2006), no qual emprestou a voz à personagem Gloria. Não foram poucos os sucessos da breve carreira de Brittany Murphy.

    Em dezembro de 2009, a atriz foi encontrada pela mãe inconsciente no chuveiro da própria casa. Brittany faleceu aos 32 anos, oficialmente, vítima de anemia e pneumonia – especulou-se, na época, que o quadro poderia ser decorrente de anorexia e que a artista seria viciada em drogas. Um fato tragicamente curioso, no entanto, levou o pai dela a pedir uma nova investigação: apenas cinco meses depois da morte da atriz, o marido dela, o produtor Simon Monjack, também veio a falecer, oficialmente, pelos mesmos motivos. Em 2013, um novo laudo apontou que havia níveis muito acima do recomendado para dez metais pesados nos organismos dos dois, o que levantou uma suspeita de envenenamento, ainda em aberto.

    Heath Ledger (04 de abril de 1979/ 22 de janeiro de 2008)

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    O caso de Heath Ledger é incontestavelmente o de alguém que morreu no auge da carreira. Depois de emplacar a comédia popular 10 Coisas que Eu Odeio em Você (1999), atuou ao lado de Mel Gibson em O Patriota (2000). Marcou presença no elenco do oscarizado A Última Ceia (2001) e, no mesmo ano, conquistou corações com Coração de Cavaleiro. O reconhecimento da crítica veio com a performance do cowboy Ennis Del Mar em O Segredo de Brokeback Mountain (2005), pelo qual recebeu a primeira indicação ao Oscar. A segunda veio pelo lendário papel do Coringa em Batman - O Cavaleiro das Trevas (2008), prêmio conquistado, no entanto, postumamente.

    A causa da morte de Heath Ledger, que aconteceu em janeiro de 2008, só foi anunciada duas semanas depois do ocorrido: uma intoxicação acidental por remédios prescritos. O ator nos deixou com apenas 28 anos.

    Brandon Lee (01 de fevereiro de 1965/ 31 de março de 1993)

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    Filho do lendário Bruce Lee, quando decidiu ser ator, Brandon Lee queria mesmo era ser reconhecido por seus talentos dramáticos – e não exatamente pelos conhecimentos de artes marciais. Depois de alguns papeis (geralmente ligados às... artes marciais) na TV e no cinema, ele finalmente teve sua grande chance, quando foi escalado como o protagonista de O Corvo (1994).

    Durante as filmagens, no entanto, Brandon foi atingido por um tiro de verdade – a arma, que deveria estar carregada com uma bala de festim, continha um projétil real, usado na cena anterior. Ele tinha 28 anos.

    Marilyn Monroe (01 de junho de 1926/ 5 de agosto de 1962)

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    Um dos maiores ícones pop de todos os tempos, Marilyn Monroe ficou mundialmente famosa como sex symbol. Ela era sensível e insegura, como atesta o diretor executivo da casa de leilão Julien's Auctions – um profundo conhecedor da vida da atriz –, em entrevista à agência Efe: “Para conseguir a fama, ela criou essa personalidade de mulher explosiva, voluptuosa e sexual. Ergueu sua própria empresa e fez seus próprios filmes. No final, queria escapar de tudo o que tinha alcançado, mas era grande demais”.

    Vencedora do Globo de Ouro por Quanto Mais Quente Melhor (1959) – ela ainda recebeu outras duas estatuetas da instituição, como “personalidade feminina” dos anos de 1954 e 1962 –, morreu aos 36 anos, em casa, vítima de uma overdose de calmantes. Como “bom” ícone pop que se preze, é claro que não faltam teorias conspiratórias a respeito da morte de Marilyn, inclusive sobre homicídio.

    Sharon Tate (24 de janeiro de 1943/ 09 de agosto de 1969)

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    Considerada uma das mulheres mais bonitas dos anos 1960, Sharon Tate estava no ápice em 1969. Depois de estrelar uma série de campanhas publicitárias como modelo, e de fazer pequenas participações como atriz na TV, como em O Agente da U.N.C.L.E. e A Família Buscapé, ela finalmente via sua carreira no cinema deslanchar, com papéis de destaque em produções como O Vale das Bonecas (1967), que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro, e o hilário A Dança dos Vampiros (67), de Roman Polanski, com quem estava casada e grávida de oito meses.

    A vida da modelo e atriz foi abreviada aos 26 anos em um caso que comoveu os Estados Unidos e o mundo: ela foi assassinada em uma seita comandada pelo macabro Charles Manson e seguidores – a menos de duas semanas de dar à luz.

    James Dean (08 de Fevereiro de 1931/ 30 de Setembro de 1955)

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    Qual jovem em sã (in)consciência não queria ser como James Dean na década de 1950? O jeans surrado, a jaqueta de couro e o total domínio das motos que caracterizaram o ator eram o símbolo da juventude e rebeldia. Mas não se tratava de apenas um rostinho bonito. Depois de receber um prêmio Tony pelo papel de um gay na peça “O Imoralista”, marcou época por sua atuação em Juventude Transviada (1955) e recebeu duas indicações ao Oscar – ambas póstumas e consecutivas –, por seus papéis em Vidas Amargas (1955) e Assim Caminha a Humanidade (1956).

    James Dean morreu aos 24 anos em um acidente de carro, quando se dirigia para uma corrida, também entrando para a eternidade como ícone pop.

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