"Fazer as pessoas agir contra seus próprios interesses é o meu trabalho"
A filosofia acima, hedionda, poderia ser atribuída a pessoas da vida pública de todo o mundo, mas não. Essas palavras são de Amanda Waller, personagem de Viola Davis em Esquadrão Suicida. Em sua defesa, ela acrescenta que usa de tal artifício em prol do bem — como também vemos no mundo real e tem tudo para ser um aspecto fascinante no filme dos mercenários da DC.
Não, não é mera dedução. Em entrevista à Empire, David Ayer revela que não tem a menor paciência para um fantasioso maniqueísmo, típico da ficção. "Que se dane o bem contra o mal. Mal contra o mal é muito mais interessante. E Amanda Waller é o pior que há", disse o diretor, pronto para explorar o que há de mais rico na premissa de Suicide Squad, em que os protagonistas são vilões. Os papéis se invertem, os valores idem, e nasce uma trama repleta de personagens complexos.
"Eles estarão em busca de um alvo de alto valor que têm de resgatar. Quando fizerem a investida, eles perceberão que não é o fim", conta Ayer, explicitando o que o desolador (e excelente) trailer do filme já deixava claro: Amanda Waller estará no topo dessa conspiração, e não hesitará em "descartar" aquelas meras peças de seu tabuleiro. Para tal, a chefe da A.R.G.U.S. instalou nanobombas nos pescoços de cada um dos mercenários, em caso de rebelião, quando eles não forem mais necessários.
"Ela é implacável em sua vilania", confessa Viola Davis, sem a habitual (inexplicável?) demagogia que faz muitos atores defender seus personagens. "Quando você olha para ela, não há nada que pareça perigoso. Sua única força são sua inteligência e completa falta de culpa", acrescentou a vencedora do Emmy 2015 por How To Get Away With Murder, terminando sua definição sobre Amanda Waller ao revelar como foi sua preparação para o filme: "Eu li um grande livro chamado Confissões de um Sociopata. Foi assustador, mas muito útil."
Ansiosos por Esquadrão Suicida, né?! Infelizmente, só em agosto de 2016. Chega logo!!!
