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    Cineramabc 2015: Fim do mundo e passagem do tempo foram os temas do terceiro dia do festival

    Os longas Bugarach e Montedoro foram os destaques da programação.

    O terceiro dia do Cineramabc 2015, o segundo com exibições da mostra competitiva, destacou dois longas europeus bem interessantes e que conversam bastante entre si. As duas produções refletem bastante sobre a passagem do tempo.

    A noite de domingo começou com a exibição do curta israelense Vindo Dele, de Ben Laor. Trata-se de uma obra delicada e bem bonita, sobre como um namorado e os pais de um jovem bailarino tentam lidar com o suicídio deste. A trama é simples, mas bem sensível.

    Na sequência, o público pôde conferir Bugarach, coprodução entre Alemanha, Espanha, França e Inglaterra que mescla ficção e documentário ao retratar a rotina de uma pequena comunidade no interior da França que despertou o interesse de pessoas de todo mundo em 2012, pois acreditava-se que seria o único lugar que sobreviveria o apocalipse previsto pelos Maias. O longa é instigante, interessante e por vezes bastante divertido, contando uma história bizarra, mas curiosa. O ponto negativo é que conta com problemas sérios de ritmo, caindo bastante em sua segunda metade.

    Primeira produção brasileira exibida na mostra competitiva, o curta Olhos de Botão chamou a atenção do público ao contar uma história ágil, envolvente e dura. Com grande atuação de Zezita Matos, o filme segue um casal de idosos que moram no sertão pernambucano e têm suas vidas modificadas com a chegada de uma jovem garota. 

    Para fechar a noite, foi exibido o drama italiano Montedoro, escrito e dirigido por Antonello Faretta. A trama acompanha uma mulher de meia idade radicada nos Estados Unidos que retorna à Itália para visitar a cidade de sua mãe biológica para descobrir o que aconteceu com ela. Para sua surpresa, ela descobre que a cidade não é mais habitada. Ao lado de algumas poucas pessoas que resistiram à passagem do tempo, ela vai revisitar suas memórias nas ruínas locais. O filme conta com imagens belíssimas, mas também sofre um pouco com o ritmo lento e com a repetição de ideias.

    O AdoroCinema viajou a convite da organização do evento.

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