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    15 canções marcantes do cinema nacional

    O casamento de música e cinema rendeu belos frutos no Brasil. Relembre alguns grandes momentos.

    "Eu sei que ela nunca compreendeu / Os meus motivos de sair de lá / Mas ela sabe que depois que cresce / O filho vira passarinho e quer voar"

    Filme: 2 Filhos de Francisco (2005)

    Música: "No Dia Em Que Eu Saí de Casa"

    Intérpretes:  Zezé Di Camargo & Luciano

    Compositor: Joel Marques

    Antes de lançar o drama À Beira do Caminho, inspirado por canções de Roberto Carlos, e a cinebiografia Gonzaga - De Pai pra Filho, a música já estava presente na filmografia de Breno Silveira desde seu longa-metragem de estreia, 2 Filhos de Francisco.

    Seria natural pensar que "É o Amor" seria a canção de maior destaque em um filme que conta a origem da dupla sertaneja Zezé Di Camargo & Luciano, mas a melodia que conquistou os ouvidos dos espectadores do bem sucedido filme foi "No Dia Em Que Eu Saí de Casa".

    A música aparece pela primeira vez no filme quando os meninos Mirosmar e Emival vão até a rodoviária de Goiânia afim de cantar em troca de dinheiro, já que a família estava vivendo dias de miséria. Lá os garotos conhecem seu primeiro empresário, que levaria os meninos para uma "turnê" com consequências trágicas. Por isso, a letra que fala de um momento de despedida entre uma mãe e um filho soa perfeitamente adequada para aquele momento do filme.

    A canção foi gravada pela dupla sertaneja com pouco alarde em 1995, mas foi uso em 2 Filhos de Francisco que a fez ser descoberta pelo grande público e virou item carimbado do repertório dos cantores.

    A faixa é da autoria do cantor e compositor gaúcho Joel Marques e foi escrita para narrar o dia em que o artista decidiu "seguir seu rumo". "Havia combinado com minha mãe que eu viajaria mesmo contra a vontade do meu pai, pois ela já não agüentava mais a minha falação na orelha dela quase todo dia, então no dia anterior combinamos que eu não iria trabalhar e tomaria meu rumo [...] Que eu me lembre, depois de andar uns 100 metros, olhei pra trás, e ela estava lá, com aquele seu vestido simples e o avental branco amarrado na cintura, olhando e com certeza sabendo que eu precisava ir, mas querendo que eu ficasse. Não sei se valeu a pena, talvez tenha perdido mais do que conquistado, mas a lembrança desse dia jamais saiu da minha memória", disse Marques sobre a experiência que o fez escrever a música de sucesso.

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