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    Love: Conteúdo explícito do filme de Gaspar Noé pode ser cortado para exibição nos EUA

    A versão 3D exibida hoje no Festival de Cannes promete uma homenagem gráfica ao sexo a três.

    O Festival de Cannes recebe hoje o filme mais polêmico de sua 68ª edição: Love, de Gaspar Noé. Descrito como uma homenagem gráfica ao sexo a três, o longa-metragem não poupará a audiência do sexo explícito que marca as intensas experiências na relação envolvendo um homem, uma mulher e uma jovem de quase 17 anos. Infelizmente, porém, os cinemas de alguns países ao redor do mundo podem não ter acesso à obra na íntegra, Estados Unidos entre eles.

    "Alchemy apoia a visão de Noé e está empolgada em levar a versão de Cannes aos cinemas e a quantas plataformas for possível nos Estados Unidos", disse Brooke Forde, vice-presidente executivo de marketing da distribuidora que cuida do projeto, em trecho da coletiva de imprensa reproduzida no THR. O problema é que a Alchemy não depende apenas de si mesma, e por conta da tecnologia 3D utilizada na produção de Love.

    Para o "poderoso filme" ser exibido no formato 3D, a Alchemy precisará fechar acordos com exibidores, que poderão exigir que Love chegue ao país num corte "mais ameno", "menos agressivo", mais receptível ao conservador público médio. Outra nuance são os ingressos mais caros de filmes 3D. Por que exibir uma obra para maiores, se é possível lucrar muito mais com filmes para toda família?

    Tal reação não seria novidade para Noé: seu filme mais conhecido, Irreversível, chegou a ser banido em alguns países por conta de uma cena de estupro com a atriz Monica Bellucci. Em Cannes, cerca de 200 pessoas deixaram a Croisette após a violenta sequência.

    Para alento do autor francês, a "Versão de Cannes" de Love está garantida na Netflix, que já fechou um acordo de distribuição do filme. Porém, em 3D e nos cinemas, a realização de seu sonho de "um filme que reproduz completamente a paixão de um jovem casal apaixonado" (no caso, um trio) dificilmente terá uma ampla distribuição mundial – ao menos na íntegra.

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