Você pode até não gostar da ideia, mas a evolução tecnológica está prestes a dar um novo e importante passo. O aguardado Google Glass já está disponível para venda no Reino Unido, custando a bagatela de 1.000 libras (algo em torno de de R$ 3.700). Mas, afinal de contas, você sabe o que ele faz?
Trazendo o aparelho para o mundo do cinema, seria algo similar ao sistema que Tony Stark mantém dentro da máscara do Homem de Ferro. O Google Glass permite a interação através da realidade aumentada, ou seja, de um pequeno visor que possibilita o rápido acesso à internet e que se tire fotos ou grave vídeos através do comando de voz e da movimentação dos olhos. Tudo isso enquanto você realiza afazeres normais do cotidiano, como andar e até mesmo dirigir.
Diante da expectativa em torno do produto, que promete rapidamente se tornar uma nova febre tecnológica, muito se tem discutido sobre a etiqueta em torno de seu uso. Nos Estados Unidos, onde ele ainda está na fase de testes, alguns restaurantes já proibiram sua utilização. O mesmo acontecerá nos cinemas do Reino Unido. Phil Clapp, diretor-executivo da Associação de Exibidores de Cinema britânica, já avisou: "Os clientes serão orientados a não usar os óculos nas salas de cinema, tenha o filme começado ou não."
O grande temor dos exibidores atende por um nome: pirataria. Por mais que a bateria do Google Glass permita que um vídeo tenha, no máximo, 45 minutos, não seria difícil alguém levar um óculos sobressalente (ou dois) para captar a íntegra do filme em exibição. Além disto, a necessidade de emitir comandos de voz pode atrapalhar os demais espectadores, que já sofrem um bocado com as luzes emitidas pelos smartphones alheios.
A preocupação com a etiqueta em torno do Google Glass é tanta que a própria Google publicou em seu site uma área onde dá dicas de como não se tornar um Glasshole ("idiota do Google Glass", em tradução livre). Questionado sobre a proibição nos cinemas britânicos, um porta-voz da empresa declarou ao jornal The Independent que deve-se agir com os óculos da mesma forma que com os smartphones: desligando-os antes do filme começar.
Admirável ou não, este mundo novo está bem perto de se tornar real. E você, se anima com a novidade?