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    Fábio Porchat protagoniza tragicomédia que ele mesmo escreveu

    Escrito há quase uma década, filme Entre Abelhas será dirigido pelo coautor da história, Ian SBF, do Porta dos Fundos, estreando na direção de longas-metragens. Em filmagem, produção foi apresentada em coletiva no Rio de Janeiro, nesta terça.

    “É uma tragicomédia. Este filme é diferente de todos os que eu já fiz”, anunciou o ator Fábio Porchat, em raro tom sério, na coletiva para informar sobre as filmagens de Entre Abelhas, em um hotel do Rio de Janeiro, na última terça-feira, 20. Para completar: “de todos os dois”. Ator de Meu Passado Me Condena – O Filme, O Concurso, Totalmente Inocentes, entre outros, o ator do Porta dos Fundos já participou de mais de dois filmes, claro, mas o novo projeto foi apresentado com uma pompa especial por ser o primeiro de autoria dele, em parceria com o colega do canal de humor, Ian SBF, estreando na direção de um longa-metragem. Os dois ainda são coprodutores do projeto.

    Ao lado deles, estavam as atrizes Irene RavacheGiovanna Lancellotti – estreando no cinema – além da produtora, Eliane Ferreira, da Mixer. Escrito há nove anos pela dupla do Porta, Entre Abelhas conta a história de Bruno (Porchat), um editor recém-separado da mulher (Giovanna), que começa a deixar de ver as pessoas. Ele tropeça no ar, esbarra no que não vê, até perceber que as pessoas ao seu redor estão ficando invisíveis. Com a ajuda da mãe (Ravache) e do melhor amigo (Marcos Veras), Bruno tentará desvendar os mistérios que cercam esse fenômeno.

    “Naquela época (em que foi escrito), cinema era uma coisa impossível”, ponderou Fábio sobre a demora em tirar o projeto do papel. “Quando eu o escrevi, nem tinha casado ainda, então, não é autobiográfico, viu, gente?”. “A Irene é tão ocupada, que a gente esperou nove anos pela liberação dela”, brincou SBF. “É ela quem dá credibilidade ao filme”, não perdeu tempo Porchat.

    Irene, aliás, contou como entrou para o projeto. Ela atendeu “lacônica” à ligação de Fábio Porchat, que ficou nervoso e começou a pontuar todo o currículo dele, até que ela se deu conta de que era ele mesmo do outro lado da linha. “Eu achei que era um trote do (ator) Marcelo Médici! É claro que eu sei quem é Fábio Porchat”, riu – a atriz o definiu como um “arquipélago bem-sucedido”, pelo seu talento em diversas mídias. Ravache, então, pediu para ler o roteiro e classificou o projeto como uma “comédia inesperada, elegante, que tem um non-sense que é delicioso”.

    “As pessoas andam olhando para o celular. Não se olham. E eu me incluo nesse grupo. Numa hora eu estou comendo uma esfirra e, de repente, não sei como cheguei em casa”, contextualizou Fábio sobre a metáfora ensaio-sobre-a-cegueira do sumiço das pessoas. “As abelhas estão sumindo do mundo. E, se acabarem as abelhas, acaba o mundo, porque não tem polinização”, resumiu o título do filme, em um dos poucos momentos sérios da coletiva, para arrematar: “Eu ando muito com o Gregório (Duvivier)”.

    A equipe aproveitou para lançar um diário de filmagem em um canal no YouTube. A ideia é postar dois vídeos de bastidores por semana (alô, Porta dos Fundos), às terças e sextas, até a estreia do filme. Orçado em R$ 5 milhões, o longa estava em seu 11º dia de filmagem, de um total de cinco semanas, e deve estrear no fim do ano, com distribuição da Imagem FilmesMarcelo Valle e os “portas” Luis LobiancoLeticia Lima completam o elenco.

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