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    Lançado há quase 20 anos, este é um dos melhores filmes do ator preferido da sua mãe
    Marco Rigobelli
    Marco Rigobelli
    Marco é tradutor e redator. Tem uma história pessoal com O Bebê de Rosemary, acha que 10 Coisas que Eu Odeio em Você é um dos maiores filmes já feitos e pode passar horas contando fatos aleatórios sobre O Senhor dos Anéis.

    Grande ator e diretor, Kevin Costner nunca esteve tão à vontade quanto no universo dos faroestes. E provou mais uma vez com o sensacional Pacto de Justiça, lançado há 20 anos.

    O que o gênero western representa para mim? Acima de tudo, é indissociável do nosso país, da América, saber que a América foi fundada por europeus. Acho que ninguém me considera outra coisa senão um americano e eu aceito isso. É o que eu sou. Isso não me impede de curtir o resto do mundo e viajar para saber como funcionam outros países, mas continuo sendo americano. Por isso sinto regularmente a necessidade de voltar ao faroeste.

    Assim disse Kevin Costner. O faroeste é, de fato, indissociável de sua filmografia. E até a imagem do ator-diretor, que não parou de voltar ao gênero desde sua estreia, no comando de Silverado em 1985. Julguemos: Dança com Lobos, Wyatt Earp, a minissérie Hatfields & McCoys e Yellowstone. Mesmo Os Intocáveis e Vingança têm claramente uma dimensão de faroeste, apesar da sua aparente modernidade.

    Pacto de Justiça
    Pacto de Justiça
    Data de lançamento 28 de novembro de 2003 | 2h 19min
    Criador(es): Kevin Costner
    Com Kevin Costner, Robert Duvall, Annette Bening
    Usuários
    3,7

    Não vamos cansar de mencionar o alcance formidável de Pacto de Justiça, lançado há quase vinte anos. A história? Um clássico do jeito que gostamos. No coração do Velho Oeste, quatro homens pastoreiam gado. Para Charley (Kevin Costner), Boss (Robert Duvall), Button (Diego Luna) e Mose (Abraham Benrubi), trata-se de viver livre e escapar de seu passado. Eles não buscam a violência, apegando-se a um código de honra, lealdade e justiça. Mas sua chegada a Harmonville, uma pequena cidade sob o controle do tirânico Baxter (Michael Gambon), os forçará a agir...

    Walt Disney Studios

    O grande sucesso de Os Imperdoáveis, do Clint Eastwood, permitiu que o faroeste ressurgisse brevemente, arrastando outros filmes junto, com mais ou menos sucesso. Mas o pudim desandou rápido, com um retorno à estaca zero, com sua procissão de dificuldades em convencer os tomadores de decisão de Hollywood a financiar esse tipo de filme.

    Escolher este livro [The Open Range Men, escrito por Lauran Paine] foi pura loucura dada a relutância de Hollywood com esse gênero cinematográfico. O último sucesso real neste campo foi Os Imperdoáveis, há mais de dez anos. Você realmente tem que acreditar na história e encontrar os parceiros que têm coragem de contá-la com você.

    Como na época de Dança com Lobos, que Costner havia defendido quase sozinho para fazer existir, Pacto de Justiça conseguiu ser produzido fora dos grandes estúdios de Hollywood por apenas US$ 22 milhões, por meio de sua empresa, a Tig Productions. Os quase US$ 70 milhões arrecadados nas bilheterias mundiais não é um insulto, mas claramente merecia mais.

    Um faroeste bruto com fotografia sublime, uma homenagem aos mestres do passado de um gênero em desuso que, no entanto, moldou a história da América e seu mito de liberdade, Pacto de Justiça também se destaca entre os recém-chegados do faroeste moderno pelo domínio de sua linguagem. Aqui, sem heróis, os homens têm muito medo de morrer na rua principal, e muitas vezes erram seus alvos. Mas quando acertam o alvo, dói muito, muito mesmo...

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