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    Fuga do Passado
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    3,7
    11 notas
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    Marcio S.
    Marcio S.

    7 seguidores 17 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 29 de maio de 2015
    O Cinema Noir é um subgênero que particularmente me encanta. Sua forma e estilo são tão palpáveis e possui uma das melhores fotografias do cinema. O crime nunca foi melhor representado do que no Cinema Noir. Há vários filmes que se destacam nesse subgênero policial. Um deles é Fuga ao Passado. Ele consegue ser perfeito em sua estrutura narrativa, com sua fotografia em preto e branco, seu design de produção, ou seja em tudo, de modo a fazer com que os elementos da trama se desenvolvam de maneira perfeita.
    Jeff Bailey (Robert Mitchum) é um investigador particular que trabalhava para um homem poderoso chamado Whit Sterling (Kirk Douglas). Após sua namorada Kathie Moffat (Jane Greer) tentar lhe matar e fugir com quarenta mil dólares, Sterling pede para Jeff tentar acha-la e traze-la de volta. A única coisa que Jeff não contava era a possibilidade de se apaixonar por ela. Após alguns acontecimentos Jeff tenta viver uma nova vida em uma cidade do interior americana, mas mais uma vez ele não esperava que Sterling através de seus capangas pudessem lhe encontrar.
    Ao assistirmos ao filme veremos os elementos do Cinema Noir serem perfeitamente usados. Temos nosso protagonista que é alguém que foge de seu passado. Esse passado atormenta sua vida. Temos a femme fatale. Uma fotografia em preto e branco que realça mais a narrativa. Um design de produção que faz o filme ser construído em cenários típicos desse cinema, com bares, mansões e lógico a rua e seus figurinos característicos. Diálogos que procuram ser rápidos e ao mesmo tempo preparar para uma próxima cena. Flashback narrado pelo protagonista para entrarmos na mente do personagem e assim nos tornarmos mais íntimos e nos identificar com o personagem que conduzirá a trama.
    Logo no início do filme nos tradicionais créditos com uma música ao fundo começamos a nos aproximar da cidade de Briedgeport e logo no início o que me impressionou foram aquelas nuvens carregadas atrás da placa. Ali, bem no início da história, a câmera já começa a escrever visualmente o mundo que iremos adentrar. A iluminação adotada no início é sem o contraste da fotografia preto e branco. As cenas são bem iluminadas. As sombras que aparecem não são aquelas imponentes. Quando Jeff começa a falar sobre seu passado seu rosto tem pouca iluminação, o que já funciona como algo obscuro, fora da realidade da vida de Ann Miller (sua atual namorada vivida por Virginia Huston) e da vida naquela cidade. Ela parece ser tranquila e só deixará de ser pela presença de nosso protagonista. A partir desse momento o filme adota a famosa iluminação soturna tão evidente no Cinema Noir. As sombras dos personagens passam a se impor e aquele mundo sombrio, onde algo obscuro surge no decorrer da narrativa, ajuda cada vez mais o filme se desenvolver. Assim não há conflitos e sim só algo que se une em uma perfeita sincronia para desenvolver a narrativa. O interessante é que Ann é uma pessoa fora daquele mundo sombrio e por isso ela é bem iluminada. Mesmo quando há sombras em seu rosto parecem ser sombras provocadas pelo nosso protagonista, por ele estar contando algo de seu passado.
    Os diálogos são perfeitos. Rápidos e com algo que busca contar a narrativa e faze-la fluir. O roteiro é de Daniel Mainwaring (que usa o pseudônimo de Geofrey Homes) e foi baseado no seu livro “Build my Gallows High”. Por exemplo quando Ann aparece pela primeira vez ela diz para nosso protagonista: “Está ficando nublado”. Já está prevendo o que está por vir. Outro é quando Jeff diz para Kathie que ela descobrirá o quanto é fácil leva-lo de um lado para o outro. Parece uma profecia. Ainda outra é quando dizem para nosso protagonista: “Sempre deixa suas digitais...”. Isso já é um prenúncio para a cena seguinte. Sem contar os diálogos característicos de cunho sexual que estão embutidos através de um duplo sentido.
    Através de boas interpretações temos um Robert Mitchum em um gênero que combina muito bem com sua persona. Seu Jeff parece ter a sabedoria e intuição para entender rápido as coisas, mas ao mesmo tempo é facilmente envolvido nas tramas de Kathie. Sua jornada além de física é interior, onde o homem vai até seu lado mais sombrio E assim como sofre uma manipulação de Kathie ele mesmo parece se manipular por criar algo que se engana interiormente, pois ele adentrou em um mundo que dificilmente irá conseguir sair. Jane Greer se destaca ao construir brilhantemente sua personagem. Ela é tão perfeita para o papel que ela consegue ter uma fisionomia de mulher frágil, mas que no decorrer do filme vai fazendo sua máscara cair aos poucos. Sua entrada em cena é triunfal e imponente. É difícil não concordar com Jeff sobre ele se apaixonar por ela. Em uma certa hora ela diz para ele que ela nunca lhe enganou e sim ele que criou uma visão diferente do que ela verdadeiramente é. Aliás a personagem de Rosamund Pike em Garota Exemplar me fez lembrar claramente a Kathie. Ao chegarmos no final então parece que estou vendo também o final de Garota Exemplar quando ela dá sua última cartada em relação a Jeff.
    O design de produção adota em seu figurino os tradicionais trajes do Cinema Noir e seus cenários adentram em cafés e bares sujos enaltecendo a natureza sombria da história. Assim cada pedaço técnico do filme parece compor uma única sinfonia e criando um filme realmente que entra para a história do cinema não só como um excelente filme, mas como uma peça fundamental no cardápio de filmes do Cinema Noir.
    Ricardo L.
    Ricardo L.

    55.832 seguidores 2.676 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 27 de julho de 2022
    Robert Mitchum e Kirk Douglas estrelam um dos melhores filmes dos amados anos quarenta. Aqui temos um filme que beira a perfeição com diálogos inesquecíveis e uma direção de arte impecável.
    Alan
    Alan

    2 seguidores 150 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 27 de novembro de 2023
    O filme é uma caça de gato e rato que tem como forte os diálogos e boas atuações. Porém, por ser uma referência dos filmes noir, esperava mais.
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