O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro: Críticas

O grande Glauber Rocha dirige esse esse filme que divide opiniões até hoje com um formato diferente com um cinema novo que deixou diretores como Martim Scorsese de queixo caído e outros críticos com um pé atrás e um deles é esse editor à qual vos fala, vejo um filme muito bem dirigido e um elenco cheio de energia, mas nem tanto talento, parte técnica um pouco estranha, mas longe de ser fraco. Vale a apena assistir.

Glauber Rocha já tinha feito bons trabalhos antes de "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro".Um bom exemplo,são os impressionantes,"Deus e o Diabo na Terra do Sol" e "Terra em Transe",e não podendo esquecer,"Barravento".Nessa história,o nordeste é mais uma vez protagonista,com uma boa dose de poesias,amor e intrigas.Tudo se passa na cidade de "Jardim das Piranhas",uma cidadezinha pacata,mais,que ligeiramente é abalada por uma visita ilustre de "Reencarnação de Lampião".Um dos clássicos do cinema nacional.

Dragão da Maldade... é como uma continuação de Deus e o Diabo, mas não tem uma história linear como seu antecessor. Este é um filme com um argumento mais resumido, que fornece o pretexto para uma realização feita de alegorias que vão se sobrepondo, com uma mise em scène operistica, composições de cena posadas, falas desesperadas. O fundo desse filme parece ser a questão política, num país subdesenvolvido, mas não fica clara a visão do autor, que defendia um cinema revolucionário. Devido à censura do regime militar que vetava conteúdos políticos explicitos e ao próprio estilo fragmentado do autor, não é um filme fácil.