A Montanha dos Sete Abutres: Críticas

Clássico! Elenco que conta com o grande Kirk Douglas e direção do lendário Billy Wilder, num filme aplaudido até hoje. Temos aqui um ótimo roteiro e seu desenvolvimento é muito bem feito. trilha sonora pesada e parte técnica, apenas um ponto negativo, em certos momentos temos diálogos exagerados, mas também temos ótimos debates e uma atuação brilhante de Kirk e uma direção impecável de Bily. Filme indicado a melhor roteiro e direção, merecia mais umas 5 indicações, sendo para Filme, ator, atriz coadjuvante, direção de arte e edção de som, mas.....

Um filme amargo e difícil de assistir. Apoiado na monumental atuação de Kirk Douglas,Billy Wilder constroi um filme poderosíssimo sobre um cúmulo da maldade humana.Não há luz no fim do túnel, em um dos filmes mais viscerais da história.

Jornalismo circense.

Essa é a verdadeira face dos jornais. Transformar toda a dor em um espetáculo circo dos horrores. SENSACIONALISMO! Jornal que se alimenta da dor alheia. Jornal que não permite que nada escape e que tenha todos os furos para a primeira página. Jornal que alimenta a curiosidade de bestas ambulantes que mal sabem no que estão se envolvendo, mas que se orgulham por se envolverem. Há várias situações nesse filme que causa repulsa. A esposa fria e ingrata. O xerife aproveitador. Os donos do circo, do parque e etc, que se aproveitaram de um momento tão delicado apenas para ganhar dinheiro, mas poucos se importaram com a dor do pai e da mãe de Leo Minosa. Todos estavam presente ali para o resgate de Leo, mas de sentimento, nada se tinha. O amor pelo próximo ali não existia. A mídia distorceu tudo, Chuck Tatum distorceu tudo e a história teve um fim diferente do seu verdadeiro fim. Isso é que a mídia faz. muda tudo. tudo é mostrado menos a verdade.

Billy Wilder nos presenteou com um grande filme totalmente atemporal com ótimas atuações e um excelente roteiro. A montanha dos sete abutres é um clássico. Um filme magnífico!

Filmaço dirigido por Billy Wilder, que por sí já seria motivo pra assistí-lo... mas tinha mais, tinha conteúdo, sempre atual, diga-se de passagem: a atuação do quinto poder na manipulação das pessoas... uma crítica mordaz a imprensa tedenciosa e manipuladora. Era só isso? não! Kirk Douglas nos brinda com uma fantástica atuação como o protagonista... mais um daqueles filmes eternos, atuais e indispensáveis.

Filme fantástico e talvez o melhor do mestre Billy Wilder. Crítica mordaz e para sempre atualíssima sobre o papel da mídia e da imprensa no meio social. Talvez um filme que nunca envelhecerá. Um filme que toca fundo na alma humana. No final, acho que todos somos culpados. Quem não gosta de um sensacionalismo? E como é falado no começo do filme, quem não gosta de ler tragédias? Filme imperdível.

"Más notícias são as que mais vendem" (Chuck Tatum)
Atipicamente, assisti a esse clássico do genial diretor Billy Wilder na hora do almoço. Coincidentemente o horáio onde a TV concentra programas jornalísticos sensacionalistas que exploram de forma circense a desgraça alheia e sempre muito mais populares do que noticários mais comprometidos com um jornalismo sério. Sem chances de deixar passar despercebido a atemporalidade dessa obra prima do cinema, o que jamais deve deixar de ser ressaltado antes de uma análise mais técnica. O roteiro do filme traduzido (de forma também atipicamente feliz) como "A Montanha dos Sete Abutres" é simplesmente uma pérola, uma jóia rara da sétima arte e, dirigido pelas mesmas mãos seguras de Wilder, tudo funciona maravilhosa e perfeitamente bem ao longo de toda extensão da película (Deus salve os filmes com metragens corretas!). Algumas cenas, de beleza inenarráveis, são antológicas, como a chegada dos repórteres Tatum e Herbie à Albuquerque, Lorraine Minosa (Jan Sterling ótima!) desistindo de deixar a cidade após considerar a chance de conquistar fama e dinheiro explorando também a tragédia pessoal do marido soterrado Leo Minosa e a cena do circo (literal e não-literal) inescrupulosamente criado por Tatum em torno desse fato sendo desarmado e desaparecendo em alguns poucos minutos. Wilder era realmente brilhante e tudo encanta! Kirk Douglas, em mais uma incrível atuação como o jornalista antiético (na minha humilde opinião, um dos grandes anti-heróis da história do cinema), encabeça um grande elenco, todos interpretando com extrema correção. A montagem, com cortes mais clássicos, respeita o roteiro. A trilha sonora também é funcional e a fotografia preta e branca do early50's continua agradabilíssima. Excelente! Indispensável à videoteca de qualquer bom cinéfilo!