Cinzas no Paraíso: Críticas

"Cinzas no Paraíso" traduz as reflexões filosóficas propostas por Malick por meio de uma narrativa peculiar e de belos recursos técnicos. A esplêndida fotografia, notável em sequências dos campos de trigo e dos insetos na plantação, destaca o diálogo entre homem e natureza, promovido por meio de planos gerais e planos de detalhe. Nesse contexto, inserem-se os personagens e suas relações interpessoais. O filme possui momentos que, embalados à belíssima trilha sonora do mestre Ennio Morriconne, adicionam toques de alegria à narrativa e, consequentemente, ao estado psicológico dos personagens. Uma obra prima do cinema que produz muitos debates filosóficos.

Esse filme foi uma das primeiras pérolas de Malick. Aqui, ele conta a história de amor vivida por triângulo amoroso (que inclui Richard Gere em início de carreira) em meio a miséria, ao capitalismo e a natureza. Terrence não gosta de barulho, opta pela beleza do silêncio. Ele se comunica com imagens e discretas locuções em off. O belo figurino, a delicada trilha sonora e a incomparável fotografia, aliados a história, são artifícios utilizados para abordar imageticamente temas variados, como a natureza humana, a brutalidade não natural dos homens, a posse indevida sobre o nosso amor, a interferência do homem na natureza e a miséria da sociedade capitalista. Terrence vai completamente oposto ao clima de modernização e permanece assim até hoje. E estar cada vez mais controverso e interessante.

Um romance tocante,assim eu defino Days Of Heaven o segundo longa dirigido por Terrence Malick.Enaltecido pelo seu visual deslumbrante,o filme também é um belo exemplo de como fazer um bom filme de romance.

Assim como em Badlands,o diretor escolhe atores jovens para interpretar seu filme,Richard Gere (Bill) e Brooke Adams (Abby),ainda bem jovens fazem um casal que está em busca de uma nova morada após após Bill matar seu chefe em uma discussão.Em uma plantação onde arranjam trabalho eles se passam por irmãos junto a Linda que é irmã de Bill e o dono do local acaba se apaixonando por Abby,os dois se casam pois Bill acredita que o proprietário está à beira da morte,porém Abby começa a se aproximar dele.O que dá para exaltar no roteiro e Malick é o cuidado em desenvolver essas relações humanas,o triângulo amoroso vai se desenvolvendo e com eles os personagens se desenvolvem de maneira incrível.

A Abby apesar de gostar de Bill,começa a perceber que o fazendeiro é um homem e bom coração e com isso se sente mal em ter se casado com ele,ao se aproximar dele ela percebe que gosta de verdade dele mas ao mesmo tempo ela ainda sente algo por Bill,o que cria um conflito interior na personagem.Richard Gere tem boa atuação,ele interpreta um homem mais ambicioso e que vê uma maneira de mudar de vida custe o que custar e vai se tornando mais instável à medida que Abby se aproxima do esposo provisório. Enquanto o Sam Shepard como The Farmer também tem uma boa atuação,é um homem que vê em Abby uma chance de amar e de poder ter um amor ao seu lado nós últimos tempos de sua vida.

A irmã do Bill que narra o filme tem importância de certa forma,apesar de sua participação pouco relevante diante desse triângulo amoroso,ela conta a história com uma visão intimista e aprende como essas ações são prejudiciais à cada um e assim aprende com os erros de seu irmão e sua cunhada.Visualmente é um filme brilhante,a cinematografia do Nestor Almendros usa o por do sol para captar imagens de beleza pura e ainda cria uma cena que é uma pintura em movimento de tão bela no terceiro ato.Malick gosta muito de mostrar as belezas naturais,ainda mais por boa parte se passar nos campos onde tudo parece maravilhoso,o vento e a paisagem cria uma sensação de leveza muito grande.

Days Of Heaven é muito bem escrito,o triângulo amoroso é passado de uma maneira gostosa e se assistir,os personagens e as atuações são muito boas e o trabalho visual é deslumbrante.

Olha o Terrence Malick, e o Ennio Morricone - juntos num mesmo filme. É... esse filme é Cinzas no Paraíso; um bom filme do Malick que foi esquecido depois que ele lançou esse novo A árvore da vida. Um filme com uma história bem simples, sem nada de fantástico, sem aqueles finais espetaculares mas é o típico filme que encanta pela sua fotografia e temos que admitir - é Linda; as imagens desse filme são de tirar o fôlego. No fim é um filme que cumpre bem o que se propõe!

Primeiro filme do Terrence Malick que assisto e eu até que gostei. A direção do Terrence é incrível! Os ângulos e enquadramentos são perfeitos! Dignos de nota 10. A história tem um ar mágico impecável
Mais tem alguns defeitos... O problema de Malick é o mesmo do Christopher Nolan = personagens vazios e sem nenhum carisma. Eu sei que isso o torna menos previsível, Mais... NÃO ME DESCE!
Porém vale a pena assistir

Chato,cansativo e serve como sonífero (sério,não me julguem,mas dormi em uma parte).
Os atores não convencem,a Brooke é feiosa e consegue arrancar amores de todos os homens.
Oscar merecido pela fotografia,que parece uma pintura de tão perfeita.
Tem um clima de suspense,mas demora tanto para acontecer algo e quando acontece que é só no final mesmo,não é satisfatório.
Vale por Gere novinho.

Para relembrar o inicio da carreira do diretor Terence Malick e ainda por cima com trilha de Enio Morricone. Também tem Richard Gere em inicio de carreira. Vai passar hoje no Telecine. Recomendo

Pelo o que pode se visto, o filme tenta impor o desenvolvimento econômico americano, na década de 30, voltado para a agricultura nos campos de trigo. Deve ser um dos primeiros filmes de Richard Gere.
O filme gira em torno de um triângulo amoroso, sem pé e nem cabeça.
Tendo em vista ter sido produzido nos anos 70, é bom pra se ver num dia de chuva.

Um filme inesquecível que assisti em 1979. Filmagem impecável inclusive cenas noturnas sob o luar, cenas pitorescas como a de um trabalhador sapateando, algumas cenas belíssimas e silenciosas como a do trem. Todo o filme prescinde de exaltações sensacionalistas, tem passagens inusitadas muito bem aproveitadas, como a da infestação por gafanhotos. Uma história trágica contada com leveza tal que nos toca suavemente. O desfecho é previsível mas a sequencia final é tão agradável que se pode dizer que o filme termina onde poderia estar começando. Uma pena que não se possa assistí-lo mais vezes. Não é mencionado nesta página da web mas, se não me engano, a fotografia é assinada por Sven Nkvist.

É um dos primeiros filmes da carreira de Richard Gere e desde este filme já podemos ver que seu talento é indiscutível.  O roteiro, no entanto, não é lá grandes coisas mas merece ser visto pelos seus fãs.