Angel-A: Críticas

Vi a cena do espelho no facebook e fiquei curiosa. Infelizmente é a melhor parte do filme que não passa de "charmozinho". É um trabalho fofo pra assistir em um dia chuvoso e que você está ligeiramente triste.

O diretor e roteirista Luc Besson nos entrega um filme noir dos anos 2000 em p&b, que se passa em Paris em um ritmo bem-humorado, um tanto sarcástico e que mais uma vez estuda personagens à margem da sociedade e esquisitões em geral. Usa o weirdo Jameil Debbouze (Amélie Poulain) e a gata Rie Rasmussen (Femme Fatale). Também usa trilha sonora de jazz e um roteiro todo redondinho, higienizado com respeito ao sexo e apropriado para uma esquecível degustação.

Angel-A é leve, profundo, triste, divertido, psicológico, e muito, muito inteligente! Uma ideia comum, mas que mostra a alma humana das personagens. Prestem atenção na cena do espelho (na segundo vez que eles vão ao espelho, pois eles se olham no espelho em duas cenas e esta COMOVEDORA cena se passa na segunda vez) quando Angela coloca André para dialogar com ele mesmo, se perguntando que ele é? Para mim, a cena é de derreter até o coração de uma estátua!. Eu adorei tanto o filme que tive de comprar o DVD só para rever por muito tempo!

Adoro os trabalhos do Luc Besson mas esse é, sem dúvida, um de seus filmes mais chatos. Que pena, a cena do espelho, na qual Angela faz seu "protegido" enxergar seu valor e sua real beleza, é linda! Mas de resto, nada salva.