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    Cinema, Aspirinas e Urubus
    Média
    4,0
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    SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR
    SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR

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    2,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    A cena inicial é reveladora. Uma luz estourada e que incomoda os olhos do espectador toma conta da tela. Pouco a pouco vai se definindo o rosto do motorista, Johnann (Peter Ketnath), no retrovisor. A aridez do sertão nordestino não teve uma tradução tão perfeita para a telona desde "VIDAS SECAS", de Nelson Pereira dos Santos. O alemão Johann fugiu da Alemanha em função da segunda grande guerra mundial. O ano é 1942. Seu trabalho é viajar de vilarejo em vilarejo divulgando as qualidades da aspirina para a população do nordeste. Johann exibe um filme propaganda nas praças das cidades que visita. Como diz o teutônico nômade, até quem não padece de dor alguma inventa alguma queixa para tomar uma aspirina. O alemão encontra-se com Ranulpho (João Miguel) numa de suas jornadas pelo sertão nordestino. A colisão entre as duas culturas totalmente diversas vêm à tona. O nordestino pobre, arguto e que anseia por vencer na cidade grande, Rio de Janeiro, e o alemão pacifista que sente-se bem quando está com o pé-na-estrada. Johann contrata os serviços de Ranulpho para ajudá-lo na venda e divulgação da aspirina. Os dois estabelecem uma amizade que ganha contornos épicos quando o alemão é picado por uma cobra, e é cuidado por dois dias a fio por Ranulpho. A dupla bebe e vai para o bordel junta. Quando o Brasil declara guerra à Alemanha, Johann percebe que sua chance é ir para a Amazônia "tentar a vida", pelo menos até a guerra terminar. Ranulpho, por sua vez, vai atrás do seu destino no sudeste brasileiro. As duas culturas convivem de forma pacífica. Não há superioridade de uma sobre a outra. A estréia de Marcelo Gomes na direção é promissora. A atuação de João Miguel como Ranulpho é brilhante. "CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS" revigora a possibilidade da solidariedade entre seres humanos de culturas tão díspares.
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