Um Homem Bom: Críticas

Em sua essência, John Halder (Viggo Mortensen) é um homem trabalhador, decente, honesto e de caráter, que tenta cuidar, da melhor maneira possível, da sua família cheia de problemas. Com a ascensão do nazismo na Alemanha, uma obra de sua autoria sobre a eutanásia cai nas graças do governo de Adolf Hitler. Desta maneira, ele é convidado a fazer parte dos ilustres teóricos que davam suporte intelectual aos nazistas.

Dirigido pelo brasileiro Vicente Amorim, "Um Homem Bom" fala sobre o conflito interno existente entre os valores que Halder possui e as decisões que ele começa a tomar a partir do momento em que ele começa a se relacionar de uma forma mais próxima com os nazistas. Contando com uma boa atuação de Viggo Mortensen, "Um Homem Bom" chama a atenção pela sua proposta, mas acaba sendo prejudicado pelo final inconclusivo. Amorim bem que podia ter se estendido mais, de forma a dar um pouco mais de coerência ao peso das escolhas de Halder.

UM FILME TRISTE, DE UMA AMIZADE VERDADEIRA DE 2 HOMENS EM UMA ÉPOCA POUCO FAVORÁVEL A AMIZADES . OS ATORES MUITO BONS , A ÉPOCA BEM RECRIADA E MOSTRA COMO A FALTA DE LIBERDADE MEXE COM A VIDA DAS PESSOAS.

"Um homem bom" nos mostra aquilo que todos queremos saber: como alguém foi levado àquele mundo criado pelos nazistas?
Certamente, qualquer um que se dedique a um estudo mínimo do período deve ter se perguntado se todos alemães da época eram completos malucos sanguinários.
Porém, certamente, pouco admitiriam que, em certas circunstâncias, dançariam conforme a música.
O "homem bom" do filme é só isso: um homem. O "bom" é aquilo que as pessoas dizem quando alguém age normalmente: ele trabalha, é professor, autor publicado, casado, tem problemas familiares e... não conseguiu dizer ao poder de seu tempo e tornou-se um nazista, oficialmente, isto é, filiou-se ao partido, sem ter qualquer relação histórica ou ideológica com o partido - pouco antes de ser cobrado nesse sentido, referiu-se ao Líder da Alemanha como "uma piada".
Ele estava certo. Só não sabia que a piada o obrigaria a servi-lo.