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    Piaf - Um Hino ao Amor
    Críticas AdoroCinema
    5,0
    Obra-prima
    Piaf - Um Hino ao Amor

    Uma História de(s)Amor

    por Roberto Cunha

    Eis uma produção que tinha tudo para ser um filme musical, mas é muito mais do que isso. Você pode até achar chato, triste, pesado... Até cansativo. Pode ser. Mas Piaf - Um Hino ao Amor não vai deixar de ser um grande filme. E os motivos são muitos.

    O roteiro começa em 1955, mas logo volta no tempo. Esse recurso é uma constante durante toda a trama porque, a partir de eventos passados, você passa a entender melhor o presente do personagem. Essas transições, no entanto, em alguns momentos ficaram um pouco confusas. Mas nada que comprometa o resultado final. Entre as curiosidades reveladas você descobrirá o porquê do nome da estrela e conhecer a origem de alguns clássicos, como "La Vie En Rose".

    É claro que o idioma (francês) não é dos mais amigáveis, especialmente para quem cresceu estudando inglês na escola, assistindo filmes no cinema e, mais recentemente, na TV fechada. Contudo, uma vez vencida essa barreira, não é difícil mergulhar na amargura dessa cantora que virou intérprete. Uma mulher que enfrentou, desde pequenina, situações como ser abandonada pela mãe, ter pai alcoólatra, ser taxada de filha de ninguém, enfrentar uma cegueira por quatro longos anos, ser criada dentro de um bordel e passar a cantar nas ruas para tirar seu sustento. Só porrada. E essa é só uma parte da história de Edith Piaf, que iniciou a carreira cantando a miséria das ruas, o desamor e a falta de afeto.

    Apesar da participação de um conhecido Gérard Depardieu, o filme é levado nas costas pela interpretação, ou melhor, personificação de Marion Cotillard. Um verdadeiro assombro. A atriz, não por acaso, recebeu dezenas de indicações e levou o merecido Oscar de Melhor Atriz, faturou o Globo de Ouro e o BAFTA. Tantos prêmios podem fazer você a pensar que se trata de um daqueles filmes queridinhos da crítica especializada. Mas não é. Piaf, com perdão do trocadilho, toca fundo no coração da gente. É emoção à flor da pele. E você não precisa ser fã de Charles Azznavour, um dos mais famosos cantores franceses no exterior.

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