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    Appurushîdo
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    Ricardo M.
    Ricardo M.

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    3,5
    Enviada em 24 de março de 2016
    Guerra da Ficção.

    Os japoneses sempre foram conhecidos por um gosto peculiar para design de personagens, além de buscarem contar histórias fantasiosas que tendem ou não a buscar referências na realidade, portanto, nem tudo agrada a todos no lado de cá do planeta. Embora também possua aspectos e narrativas característicos, o divertido Appleseed tem conteúdo para agradar ambos os lados do globo.

    No ano de 2131, grande parte da humanidade foi dizimada devido a Terceira Guerra Mundial, os remanescentes passaram a ter dificuldades em manter a existência da raça humana devido às grandes perdas. Visando buscar auxílio nessa tarefa de perpetuar a raça humana, o governo desenvolve os chamados Bioróides, espécie de clones do ser humano capazes de ser portarem de forma idêntica, mas incapazes de desenvolver sentimentos, realizar reprodução, jamais agredirem um humano e também por possuírem vida reduzida. Para dar conta do grande volume de Bioróides, um supercomputador, de nome Gaia, gerencia o dia a dia de todos os clones, sempre sob os cuidados atentos de um grupo denominado Os 7 Anciãos.

    Apesar do pano de fundo citado acima, o filme é protagonizado por uma humana ainda em guerra no território hostil, trata-se da soldado Deunan Knute, uma valente e solitária garota que acaba sendo capturada por robôs da ESWAT, grupo militar que defende a cidade futurista de Olympus, sede do computador Gaia e local onde reside os administradores conhecidos como Governo Mundial. Evidentemente que, por deter um certo teor político e de ideologias pessoais, o filme desenvolve sua narrativa mostrando como a presença dos Bioródes tornaram-se essenciais ao planeta, não só para contribuir para a vida em sociedade enquanto números, mas também para provar que os humanos desenvolvem carinho por tal seres artificiais.

    Devido aos conflitos de interesses entre aqueles que defendem ou repudiam a coexistência com os Bioróides, Deunan entra em cena como responsável por buscar um elemento chave para o futuro dos clonse: a capacidade de sentir e reproduzir, isso mesmo, sentimento e sexo. Essa divergência de crenças nos agracia com embates épicos, recheados com muita ação capaz de deixar filmes live action no chinelo. E ainda com conteúdo adulto, pois a violência embora não constante, está sempre acompanhada por robôs sendo partidos, desmembrados, picotados e por aí vai... sem contar os humanos que são metralhados, tem cabeças esmagadas e tudo o mais para mostrar que, apesar do conceito nobre de sobrevivência, existem interesses maiores por traz da ideia.

    A produção é a primeira do renomado estúdio japonês Digital Frontier, responsável por grandes filmes em CG como Resident Evil. Aqui há uma grande mistura de cenários em computação gráfica visando realismo com traços de anime nos personagens humanos/clones. Isso dá uma cara bem diferenciada ao visual do filme, principalmente porque é possível compreender nitidamente a dimensão usada para compor as batalhas e os indivíduos ligados diretamente a elas. Sem contar na brilhante edição de som, nas cenas de ação, principalmente com explosões ou perseguições, todos os detalhes são minuciosamente retratados, desde pedras caindo em cantos diferentes até sons de veículos sendo ultrapassados ou amassados, fantástico.

    Flertando com conceitos de robótica criados por Isaac Asimov, APPLESEED - O FILME expande energicamente a história originada pelo anime, isso é satisfatoriamente positivo, pois permite a quem não acompanhou a série conhecer um pouco desse rico e criativo universo. Apesar de possuir certa complexidade em sua trama, inclusive requerendo atenção redobrada para nada passar despercebido, a animação é um prato suculento em todos os aspectos, certamente tendendo a agradar aos mais exigentes. Diversão das boas!
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