Tokyo Godfathers: Críticas

Essa animação natalina japonesa segue os mesmos moldes do ótimo Paprika, também dirigido e escrito por Satoshi Kon e co-dirigido por Shôgo Furuya, que já havia trabalhado como animador em A Viagem de Chihiro (2001). Quando digo os mesmos moldes me refiro à caracterização exagerada e satirizada da realidade que cerca os personagens. As expressões de rosto absurdas, tão comuns no animê, aqui funcionam em parte pelo seu humor e não funcionam em parte pela sua dramatização exagerada.

Através do humor, Tokyo Godfathers explora de forma profunda características sociais e psicológicas, individuais e coletivas da sociedade. Busca ir além dos julgamentos e preconceitos, apresentando as coisas a partir de outro ângulo. Transforma o trágico em cômico, e o cômico em trágico.
Enredo envolvente, personagens com características psicológicas profundamente desenvolvidas (o que é a marca registrada das produções de Satoshi Kon), histórias entrelaçadas. Indicado para quem está disposto a refletir e também dar boas risadas.