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    Bom Dia, Noite
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    SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR
    SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR

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    2,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    O filme descreve o seqüestro do líder do principal partido político italiano, Democracia Cristã, Aldo Moro, pelo grupo radical Brigadas Vermelhas, no ano de 1978. Bellocchio não se limitou a descrever os fatos históricos que causaram grande comoção na Itália, o roteirista e diretor descreveu pormenores dos militantes envolvidos no seqüestro: diálogos entre eles próprios, e entre eles e Aldo Moro. A personagem que ganha maior dimensão no roteiro é Chiara (Maya Sansa), uma espécie de consciência do grupo que manteve Aldo Moro 55 dias encarcerado num quarto de um apartamento espaçoso na cidade de Roma. As ações radicais imperaram na Europa dos anos 70: Baader Meyenhoff na Alemanha, os palestinos da Setembro Negro (grupo que assassinou 9 atletas israelenses nas Olimpíadas de 1972), o Exército Republicano Irlandês (IRA) e o ETA na Espanha tiveram seus "feitos" propalados pelo mundo afora. A mentalidade da turma das Brigadas Vermelhas é de adolescente que leu "O capital", de Karl Marx, em quadrinhos, se acha dono da verdade � como todo adolescente � e bate na tecla de que os representantes do proletariado têm legitimidade para ações radicais como assassinatos e outras ações truculentas, já que só eles podem lutar contra a classe média retrógrada. Eu sei muito bem disso, pois já fui adolescente e, além de tudo, esquerdista. No fundo as atitudes políticas desses grupos se assemelham a uma religião, que eles tanto gostam de vilipendiar. O ápice do filme ocorre quando os seqüestradores decidem pelo assassinato de Aldo Moro � já que as dezenas de cartas dele para o seu partido, para os seus familiares e até mesmo para o Papa não surtiram efeito algum no sentido de que as autoridades políticas libertassem prisioneiros das Brigadas Vermelhas -, com aquelas frases de comunismo panfletário para justificar este hediondo ato. O fundo musical ficou ao encargo do grupo inglês Pink Floyd, com o seu lendário "Dark side of the moon". A única a se rebelar contra a decisão de matar Aldo Moro foi Chiara, ao menos em sonho. Aliás, a vida onírica dela é que cria um sopro de humanismo nos corações e mentes daqueles descerebrados seres que constituíam o grupo Brigadas Vermelhas. Uma cena incompreensível foi a da prisão de um escritor que trabalhava com Chiara, pois ele tinha imaginado em seu livro uma mulher no meio de um bando de radicais. A situação é inexplicável, pois esse escritor não tinha ligação alguma com as Brigadas Vermelhas. Só as mulheres têm bom senso na visão de Marco Bellocchio. Ele não poderia estar mais certo.
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