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Kamila A.
7.912 seguidores
816 críticas
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5,0
Enviada em 5 de março de 2015
Gabrielle Van Der Mal (Audrey Hepburn), a personagem principal de “Uma Cruz à Beira do Abismo”, filme dirigido por Fred Zinnemann, é alguém que tem um grande sonho: servir como enfermeira, no Congo. A única forma de ela conseguir realizar este desejo é entrando em um convento e estudando para se tornar uma freira. É por este sonho que Gabrielle abandona uma vida confortável ao lado da família (o pai dela é um médico bem-sucedido) e se entrega a uma existência de sacrifício, de disciplina e de obediência às regras sem questionamentos.
É certo que Gabrielle entra no convento sem saber o preço que terá que pagar pela escolha que fez. E é justamente ao acompanhar a jornada de entrada, adaptação e conhecimento das dificuldades que abraçar uma vida de entrega e de submissão à vontade alheia que faz de “Uma Cruz à Beira do Abismo” um filme muito rico, especialmente na minúcia e na profundidade de seu relato. O filme é perfeito no retrato do quanto é difícil abraçar uma vida de sacrifício e o quanto são poucos aqueles que conseguem ultrapassar tudo isso, de certa forma um tanto incólumes.
O curioso é que “Uma Cruz à Beira do Abismo” parte do grande conflito vivido por Gabrielle para mostrar a descoberta dela de sua verdadeira missão e de sua coragem. É uma personagem admirável e que é interpretada de uma forma excelente por Audrey Hepburn. Tendo somente seu rosto à mostra, a atriz consegue passar uma profundidade e um sofrimento enormes e você consegue enxergar no rosto da personagem as marcas do peso que ela carrega em seus ombros. Uma performance merecidamente indicada ao Oscar 1960 de Melhor Atriz.
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