Sem medo de afirmar, nunca afirmado tão corretamente...OBRA-PRIMA do Cinema.
Quando tinha meus 8, 9, 10 anos, em várias oportunidades na ótima Sessão da Tarde, eu assistia essa pérola, sem saber que era uma, afinal por ser apenas uma criança não iria entender a grandiosidade que este filme era e o que representava e ainda representa para a cultura pop.
Uma ideia maravilhosa de se fazer um filme em que o protagonista volta no tempo acidentalmente e acaba provocando o desencontro amoroso, a razão de ele nascer no futuro, de seus pais adolescentes, ter sua própria mãe apaixonada e ser um amigo/mentor de seu pai, fazendo-os ser apaixonar em outra ocasião, mudando assim certos e pequenos detalhes do seu futuro.
De Volta Para o Futuro traz muitas referências da cultura Pop da época em que foi lançado (anos 80), como o blues-rock sucesso entre os pais na década de 50, mas Marty acidentalmente manda um solo de heavy metal, som que os filhos destes pais amariam nos anos 80, sendo para eles o símbolo da rebeldia e desprendimento da sociedade imperialista.
Nos mostra também, com uma visão bem simplista e com muito humor, que Marty também acidentalmente cria o skate e dá visão e direção ao futuro do pai. Ou seja, um roteiro inteligentíssimo e muito bem elaborado, sem NENHUM furo, algo raro de se ver nos filmes de hoje em dia.
Michael J. Fox, ainda um pouco cru no primeiro filme, não deixa de ter uma bela performance, que indiretamente acaba sendo o nosso herói dos filmes daquela época, cheios de Rambo, T1000, han Solo, Crocodilo Dundee, entre outros... Marty Mcfly tinha mais peso (e ainda tem).
Quem rouba mesmo a cena é o genial Christopher Lloyd, ator brilhante, com um senso interpretativo de humor gigante, mas também um ator que faz dramas com muita facilidade, e trouxe um pouquinho disso para o Doc Brown, com suas marcantes interpretações faciais toma conta do filme, e por mais que seja um dos principais da história, ele cabe perfeitamente como coadjuvante neste filme, Doc Brown pra gente naquela época de infância seria aquele nosso tio doidão que adoramos passar o dia inteiro com ele se divertindo com suas maluquices que só nós respeitamos.
Óbvio destaco também os três ótimos e competentes atores, Lea Thompson, Crispin Glover e Thomas F. Wilson, que entregaram um ótimo trabalho como a mãe e o pai de Marty e o briguento Biff, respectivamente, com uma leve preferência pelo trabalho de Crispin Glover, que fez toda uma interpretação caricata do pai de Marty, não só na adolescência aonde ele fez com muita personalidade, como na parte adulta do começo do filme, mostrando que ele têm muita versatilidade na sua interpretação com um personagem único como George McFly.
Obra Prima sim, atemporal sim, você pode ver 10 vezes seguidas e não irá enjoar e irá rir de certas cenas com sinceridade, como se fosse um episódio de chaves, você sabe o que acontecerá, mas é tão bom, tão bem feito, que a risada vem sincera... e isso é muito bom num filme.
Copiando do que eu li num comentário abaixo, se você ainda não assistiu este clássico, está perdendo seu tempo, pois este filme precisa ser visto por todos os cinéfilos que se prezem.