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    Psicose 3
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    3,3
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    Adriano Silva
    Adriano Silva

    1.413 seguidores 456 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 18 de junho de 2023
    TEM SPOILERS!

    Psicose 3 (Psycho III) 1986

    "Psicose 3" é o ​​terceiro filme da franquia "Psicose", novamente sendo estrelado por Anthony Perkins, que além de reprisar o papel de Norman Bates, agora ele também dirige o filme. O roteiro é escrito por Charles Edward Pogue. "Psicose 3" não tem relação com o terceiro romance de Robert Bloch, "Psycho House", lançado em 1990.
    O filme se passa um mês após os eventos de "Psicose 2", onde Norman Bates ainda dirige o Motel Bates com o cadáver da Sra. Emma Spool (Claudia Bryar) ainda abrigado em sua casa. Maureen Coyle (Diana Scarwid), uma freira suicida por quem Norman se apaixona, chega ao motel junto com um vagabundo chamado Duane Duke (Jeff Fahey). Uma repórter também tenta resolver o misterioso desaparecimento da Sra. Spool enquanto alguém começa outra onda de assassinatos.

    "Psicose 3" marca a estreia de Anthony Perkins como diretor. E ele já abre seu filme prestando uma verdadeira homenagem ao seu grande mentor, o eterno mestre Alfred Hitchcock. Pois bem, a cena de abertura nos mostra uma noviça que se encontra em um estado suicida no topo de uma torre de uma igreja. Logo após a madre superiora despenca lá de cima quando ela tentava recobrar a razão da jovem freira, que sempre proferia a frase "Deus não existe!", e na cena a câmera pega exatamente o ângulo de cima da madre caindo. Ou seja, temos ali uma clara referência ao filme "Um Corpo que Cai" (Vertigo, de 1958) do mestre Hitchcock. Achei muito interessante que na sua estreia como diretor, Perkins decidisse criar uma cena que tivesse ligações direta como toda a sua história em "Psicose 3", porém soando como uma grande homenagem ao eterno mestre do suspense.

    Anthony Perkins queria ir mais além em suas homenagens ao mestre Hitchcock, pois ele sugeriu que "Psicose 3" fosse rodado em preto e branco (como uma homenagem ao clássico de 1960), porém a Universal Pictures vetou a sua ideia. Eu acredito que na década de 60 essa decisão em rodar a obra em preto e branco foi uma decisão acertada do mestre Hitchcock, até pela censura da época e para não chocar o público também da época. Já nos anos 80 a censura já não era assim tão rígida, as produções cinematográficas já apresentavam melhor todo o gore em seus slasher movies. É claro que a Universal Pictures queria potencializar a violência e o gore em "Psicose 3", queria demonstrar a violência extrema de um dos maiores maníacos e psicopatas da história do cinema em cores.

    Em "Psicose 2" eu afirmei que a obra-prima do mestre Hitchcock era autossuficiente e irretocável, sem nenhuma necessidade em criar continuações ou remakes. Logo todas as produções que vieram após o clássico de 1960 eu considero como desnecessárias e dispensáveis. "Psicose 2" também entra na lista de continuações desnecessárias e dispensáveis, porém o roteiro do filme é interessante e constrói uma nova história que soa intrigante e desperta a nossa curiosidade. Que é justamente toda abordagem acerca do Norman Bates e sua reabilitação se referindo ao seu comportamento quando ele volta a reintegrar uma sociedade. Ou seja, por mais autossuficiente que a obra-prima do mestre Hitchcock foi, mas "Psicose 2" ainda é aceitável dentro desse universo como uma continuação do clássico. Já em "Psicose 3" eu não posso afirmar o mesmo.

    "Psicose 3" é a verdadeira personificação de uma continuação completamente desnecessária e dispensável. O roteiro é péssimo, vergonhoso, pífio, onde o mesmo é mal escrito, mal desenvolvido, mal projetado, nos trazendo uma história sem nenhum sentido, sem agregar absolutamente nada e sem nenhuma relevância dentro do universo "Psicose". O roteiro de "Psicose 3" é inteiramente perdido e totalmente bagunçado, pois é nítido como o roteirista se perdeu ao escrever um texto que passa o tempo todo tentando se achar e atirando para todos os lados. Pois aqui temos tantos personagens e tantas histórias se misturando e se esbarrando uma na outra, que no fim nenhuma foi bem abordada e nenhuma teve um fechamento no mínimo interessante.

    Vamos lá:
    Temos a história da noviça revoltada, atormentada e perturbada, que foge do convento e vai para o Motel, e depois novamente tenta se suicidar e vê uma aparição da Virgem Maria. Temos um zé ninguém que se intitula músico e decidi aceitar o emprego no Motel Bates unicamente para levantar uma grana e depois cair fora. Temos uma repórter se intrometendo na vida do Norman pelo fato dela querer saber mais sobre a sua história para um artigo sobre serial killers que ela está preparando. Ou seja, temos uma mistureba só, uma verdadeira salada de fruta do roteiro.

    Em "Psicose 2" eu também afirmei que o roteiro se mostrava até autêntico, sem precisar fazer uso de uma cópia barata do clássico sessentista. Novamente não posso dizer o mesmo de "Psicose 3". Pois aqui me soa como uma cópia barata exatamente na decisão em trazer a personagem Maureen Coyle com uma extrema semelhança da personagem clássica da Marion Crane (Janet Leigh). E a explicação era justamente que a personagem se assemelhasse ao máximo com Marion para causar um transtorno e perturbar a mente do Norman Bates, que obviamente iria se lembrar de todo o ocorrido na clássica cena do chuveiro. Sem falar que ainda colocaram as iniciais MC em sua mala para confundir ainda mais a mente perturbada do Norman, que logo desperta um desejo por ela. Não gostei dessa construção na história, achei totalmente sem criatividade e só mostra a extrema fragilidade e superficialidade desse roteiro.

    Novamente temos toda abordagem sobre a figura oculta da Sra. Bates, que agora nada mais é do que a Sra. Spool. E aqui entra mais um ponto confuso e mal desenvolvido desde o final de "Psicose 2", que é todo esse discurso de quem é mãe e quem é tia de Norman Bates. "Psicose 3" perdeu muito a sua essência e o seu teor de suspense, de mistério, de sombrio e consequentemente do terror. Agora temos uma verdadeira farofa que passa por investigativo, sobrenatural, romance, cenas eróticas e até analogias religiosas. Sem falar que aqui as mortes são mais violentas se comparadas com os filmes anteriores, tem mais sangue, mais gore, praticamente um slasher movie oitentista. Porém, as mortes podem até ser mais violentas pela presença do sangue mais explícito, mas não deixam de ser mortes bem patéticas.

    Outro ponto bastante questionável em "Psicose 3" é justamente às tentativas em construir reviravoltas coerentes dentro da história - o que não deu lá muito certo! Inicialmente o roteiro de Charles Edward Pogue (junto com a vistoria de Anthony Perkins) indicava que o personagem Duane fosse o verdadeiro assassino da história, ao copiar os passos de Norman Bates reproduzindo os crimes por ser obcecado pelo psicopata. Logo a Universal Pictures vetou a ideia, alegando que o vilão do filme precisava ser Norman Bates (como sempre). A própria Maureen não seria a noviça rebelde, ela seria uma psiquiatra neurótica que foi enviada para substituir o Dr. Raymond (Robert Loggia) do filme anterior. E pasmem, a personagem da noviça estava sendo designada para ninguém mais ninguém menos que a Janet Leigh (a icônica Marion Crane), que voltaria como uma outra personagem para atormentar a mente de Norman Bates. Eu confesso que fiquei curioso se esta decisão do roteiro tivesse sido levado adiante, porém, novamente a Universal vetou essa ideia.

    O elenco de "Psicose 3" não tem nenhum destaque e nenhuma relevância, tirando obviamente o Anthony Perkins.
    Perkins já é a personificação de Norman Bates, já está imortalizado e eternizado no personagem. E aqui novamente ele dá um verdadeiro show na pele do psicopata, sendo perfeito e impecável em 100% das suas cenas (não tem como, ele é magnífico).
    Diana Scarwid foi até esforçada em sua personagem Maureen.
    O mesmo vale para o Jeff Fahey e seu depravado e desocupado Duane Duke.
    Já a Roberta Maxwell é totalmente perdida na história junto com sua personagem Tracy.

    Se na questão da interpretação de Norman Bates o Anthony Perkins é um verdadeiro mestre, já não posso dizer o mesmo dele como diretor, que obviamente deixou a desejar e infelizmente não aconteceu. Já na questão da trilha sonora, Perkins abordou pessoalmente o compositor Carter Burwell para que ele se encarregasse da trilha de seu filme. Já que Perkins havia gostado do seu primeiro trabalho em "Gosto de Sangue" (de 1984 dos irmãos Coen). Perkins afirmou que queria levar a trilha sonora de seu filme em uma direção mais contemporânea do que Jerry Goldsmith fez para sua trilha mais tradicional em "Psicose 2".

    "Psicose 3" arrecadou $ 3,2 milhões no fim de semana de estreia e arrecadou $ 14,4 milhões nas bilheterias domésticas dos Estados Unidos com um orçamento de $ 8,4 milhões, tornando-se o capítulo menos rentável da franquia "Psicose".

    Infelizmente "Psicose 3" não aconteceu, não conseguiu chegar nem perto do horror elementar do clássico e se tornou apenas mais um capítulo perdido no meio de toda a franquia. Com certeza aqui temos o velho caso de uma continuação infundada, desnecessária e dispensável, que tenta desesperadamente envolver o espectador com um roteiro péssimo, cheio de incongruências, com um elenco medíocre e um final irrelevante. Uma verdadeira mancha no universo de "Psicose". [17/06/2023]
    Arthur
    Arthur

    5 seguidores 62 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    A parte III de Psicose, mereci muito respeito, dirigida por Anthony Perkins é um filme mais agil do que o anterior e de certa forma Perkins homenageia Hitchcock. Após matar a senhora Spool no final do segundo filme, Norman se vê tendo visões e pertubações tambem, é ai que ele vê chegar na cidade uma mocinha muito parecida com a morta por ele no chuveiro anos atrás. A partir dai surge uma relação amor, medo e loucura e um tal de Duke metido a astro/cantor que esta la para trabalhar para ele e roubar e uma jornalista que deseja atormentar Norman a todo tempo. Porem é muito eficaz a trama e realmente, existem cenas violentas, por exemplo a cena da mocinha sentada no banheiro, confira (é claro não vou contar aqui) em suma um filme fantástico, com clima sombrio e atores muito bem colocados na trama toda. O dono da lanchonete, a garçonete e o xerife, são os mesmos atores do segundo filme e é outro ponto legal nessa sequência. Psicose III vale e muito a pena ver é algo surpreendente, não existe dúvida da competência de Perkins aqui. Bom filme para vocês.
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