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    O Batedor de Carteiras
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    Julio Davila
    Julio Davila

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    3,5
    Enviada em 2 de julho de 2015
    Curioso e muito bem filmado, Pickpocket é uma experiência gratificante para cinéfilos, mas seu publico alvo não passa disso.

    Dirigido por Robert Bresson e incluído no livro “1001 Filmes para ver antes de morrer”, Pickpocket é um filme que claramente influenciou muito filmes sobre crime e é muito original, tanto para a época quanto para os parâmetros de hoje mas seu estilo e sua velocidade afastam o publico geral.
    O filme mostra a história de Michel, um jovem pobre mas extremamente culto que vê o roubo como sua única saída. Aos poucos Michel vai adquirindo mais experiência e habilidade na arte de roubar e sua vida é cada vez mais consumida por isso. Michel vai perdendo contato com pessoas antes importantes para ele e simultaneamente se vê num grupo de ladrões e perseguido pela polícia.
    Esse é um de muitos filmes que ressuscita o debate que existe no livro “Crime e Castigo” de Dostoiévski (“Rope”, de Alfred Hitchcock é outro). O debate é sobre a teoria de que pessoas excepcionas, extraordinárias, teriam o direito de descumprir as leis, já que eles são de fato mais importantes, relevantes e transformadores que o resto do povo, que é classificado como ordinário. Apesar de que esse debate aparece no filme por pouco tempo, a questão é explorada de maneira interessante. A questão central do filme parece ser o efeito que o primeiro crime, a primeira transgressão teve na vida do personagem. Ele passa a se considerar um individuo extraordinário, passa a achar que tem o direito de fazer aquilo que Raskolnikov (Protagonista de Crime e Castigo) diz que pode.
    As cenas de roubo desse filme são incrivelmente bem arquitetadas (especialmente a do trem que foi definida por alguns críticos como “tão perfeitamente executada quanto uma peça de ballet”), especialmente para época e é fácil perceber a influencia que esse filme teve em outros filmes modernos. A direção de Robert Bresson e seu roteiro são ambos interessantes, providenciando uma inesperada originalidade para sua obra. O filme peca apenas ao não avançar na velocidade que é esperada de um filme que tem 76 minutos de duração mas, no final das contas, assisti-lo é uma experiência compensatória.
    Pickpocket é um filme francês de 1959. Essas duas características são suficientes para afastar uma série de espectadores. Caso você não seja desse grupo, assista e aprecie.
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